Colocou a camisa no guarda-roupa, como se fosse uma peça de cristal. Olhou fatigada para ele, e de beicinho posto sentou-se no colo dele. Encolheu-se para lhe escutar o peito, como sempre fazia, e ele afagou-lhe os caracóis. Jogou a cabeça para trás, batendo leve no material que debruava a poltrona. Pensou para si, em como a relação deles era aquela posição. Ela encaixava nele, era a parte interior que lhe faltava, e ele a dela. Como o mar, desde sempre e até hoje, completa a terra.
sábado, 31 de outubro de 2009
são histórias. IV
Ela dobrou pela terceira vez a camisa. Não gostava de dobrar roupa - ou talvez viesse a gostar, quando o soubesse fazer em condições. A sua mãe costumava dizer-lhe que a roupa estava mais direita quando saia da maquina de lavar do que quando ela a acabava de dobrar. Ele pelo contrario gostava de a ver a praticar esta tarefa. Fazia-o sorrir, dava-lhe espaço para ver a expressão concentrada e de derrota dela, dava-lhe tempo para admirar a mulher com quem vivia sem que ela lhe pergunta-se «o que foi?» espantada, como se fosse possível não gostar de olhar para ela. Como se inclusive, a apreciação constante das pessoas não fosse até um habito dela.
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11 comentários:
adoreii, tao bonito *-*
Amei a última frase :D
Nem tem de haver outro encaixe. :) Gostei muito desta história, da forma como és capaz de perceber os sentimentos de muitas pessoas.
Como está sublime. Tão bonito mafalda *.*
Gostei tanto :')
Gostei tanto :')
Quero uma vida assim para mim
Tão lindo *.*
Gostei imenso.
Oh aconteceu lembrar-me :p
era uma honra! :D
e este texto, tão docinho : ), como o mar sabe acalmar a terra...
oooooh adorei! estas coisas sao tao romanticas mas tao verdadeiras... acho que fiquei com saudades de estar apaixonado! ahaha
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