quinta-feira, 25 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

20:40


Por meu desejo comporte-ia uma melodia. Tão serena quanto tu, tão quente como quando me chegas. Saudosa, forte, com uma harmonia e vivência nunca antes escutada, nunca antes apreciada pelos grandes Mozart ou Beethoven. Seria como desfolhar um livro louco. De folhas intrigáveis, viciantes, ásperas e melosas - e a cada página um amor mais rico. Este amor que é só nosso, que vagueia pelos acordes de cada instrumento que rigoroso penetra na melodia e não sai mais. Seriam folhas e folhas de pauta, repletas de esperanças, de sorrisos largos, de memorias e cheiros, de momentos que foram só nossos. Há em ti uma aura que me transporta para outro mundo, um envolver que me agarra e absorve a alma apaixonada que me grita dizendo que faria tudo por ti. Que te adora incansavelmente, que te ama e nenhuma palavra é grandiosa o suficiente para o explicar. És como o nevoeiro envolta do violino, vagueias autêntico entre o que és e o que sonhas um dia ser. És chuva, és terra, és céu, és o meu grandioso e infinito mar. Há uma força da natureza a correr-te nas veias, e eu as beijarei de forma única todas as vezes necessárias para que também eu seja o motivo dessa tua (nossa) força. E que também por desejo ingénuo meu, seria eterna.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Ow! #1

you killed me.

"Take a gun, and count to 3
I'm sweating now, moving slow
No time to think, my turn to go...
And you can see my heart beating
You can see it through my chest
And I'm terrified but I'm not leaving
I know that I must pass this test
So just pull the trigger."

quarta-feira, 17 de março de 2010

22:20

Crónica "Utopia da vampiragem"

Desde sempre, e quando digo sempre, é mesmo desde há milhões e milhões de anos atrás, que se ouve histórias e lendas de vampiros. Mas o que é exactamente um vampiro? Uma criatura do sub-mundo, muito pálida e maléfica em que o seu único objectivo é sugar o sangue sem dó nem piedade do primeiro pescoço que lhe surja à frente? Não, isso era dantes. Ao que parece surgiu nestas novas gerações uma paixão e fascínio por estas criaturas que incansavelmente - segundo as dezenas de novelas e séries televisivas que têm passado ultimamente - se tentam tornar vegetarianas e tudo. Os novos vampiros não só se apaixonam loucamente por humanos - o que é completamente compreensível, eu também me posso apaixonar pelo pacote de batatas fritas que vou comer daqui a pouco – como se preocupam com a sua imagem e ainda frequentam escolas com a justificação de “não darem nas vistas”. E é aqui que a porca torce o rabo, e eu começo a desconfiar destes vampiros modernos. Então antigamente era raro vê-los, já que viviam em mansões escuras e assombradas, dormiam em caixões, tornando-se cinza se fossem atingidos por um mísero raio solar, e agora qualquer um se cruza com eles nos corredores e no próprio pátio da secundária sob um sol abrasador? Tudo isto me causa uma enorme dúvida existencial, porque quando eu era miúda – ou ainda mais miúda – não era muito normal eu e todos os meus amigos acharmos “giro” ver mortos na televisão. Ou sequer brincarmos aos mortos, comprarmos material escolar com pessoas mortas ou nós meninas sonharmos em um dia namorarmos com eles porque são lindos e têm olhos azuis. Tínhamos medo, não só porque faziam maldades ás criancinhas, mas também porque estavam… mortos. Mas isto é a minha mente antiquada a falar mais alto. Temos é que nos modernizar e acompanhar o evoluir dos tempos, com sorte daqui a uns quantos meses até façam uma série com fantasmas amigáveis ou bruxas com corpos esculturais.
Foi esta a crónica que apresentei hoje, e que me proporcionou o prazer de ouvir a minha professora de Português a dizer "Está mesmo muito boa... Mas eu também já estou habituada a que a Mafalda escreva bem."

sábado, 13 de março de 2010

music music



E cheguei a casa neste momento, regressada de um concerto incrível no Casino de Lisboa destes grandes e formidáveis senhores. Cumprimentei um dos artistas, que foi ter comigo a plateia, e apaixonei-me pelas raparigas e por um dos homenzinhos que era dono de um vozeirão e uma carinha adorável. Se o último concerto não fosse já amanhã, aconselhava-vos vivamente a irem assistir.

sexta-feira, 12 de março de 2010

becouse you live.

Ás vezes dou por mim a cair, um autêntico fim de mundo ocorre em turbilhão na minha cabeça. Mas é incrível em como depressa a tua voz surge num grito de alegria que me puxa para trás, para o melhor dos paraísos. E tudo porque existes, porque respiras, porque vives. Porque me fazes acreditar em mim mesmo. És o meu porto seguro quando mais ninguém me conseguiria realmente ajudar. És um mundo, com duas vezes mais estrelas que o próprio céu. É por tua causa que supero cada tempestade. O que seria a vida, qual seria o seu real sentido se tu não fizesses parte dela? Eu voo quando te olho nos olhos. Porque existes, porque vives. E se tu vives fazes-me viver a mim também. E enquanto sorrires haverá sempre uma razão para lutar e querer vencer o pior dos meus dias, é dar-te tudo aquilo que tu me dás a mim. Sempre. És o meu mundo, o mais fantástico e diferente de todos os outros. E é nesse mundo que tenho tudo aquilo de que mais necessito: nós.

A divertida agenda de Mafalda:

Dia 15 (segunda-feira): teste de Marketing.
Dia 16 (terça-feira): teste de Psicologia.
Dia 17 (quarta-feira): apresentação da crónica jornalistica para Português.
Dia 19 (sexta-feira): teste de História das Artes, apresentação de um trabalho de grupo para Publicidade.

huum, fantástico não?

20:29

quinta-feira, 11 de março de 2010

dia d

E dentro de poucas horas o dia torna-se só teu. Não penses que me esqueci do que disseste, que o dia te seria ainda pior se tivesses sinal de mim. Mas ao longo da nossa história ambos sabemos bem que eu pouco ou nada fiz daquilo que tu me foste pedindo. Está-me no sangue, no código genético de tudo aquilo que mais puro sinto por ti. É amor. Um amor diferente e invulgar, mas é autêntico, profundo e insaciável este amor. Nunca mais me esqueci da imagem dos teus olhos fixos em mim, da ultima vez que nos vimos. As vezes assusta, outras - poucas - reconforta. Já não são meus, já não brilham por mim. São rigorosos, um turbilhão de emoções entre a esperança e a raiva revolucionária. Queria muito que crescesses. Talvez não seja o termo certo, e sei também que te magoa ler tudo isto, mas de momento não me ocorre melhor. Queria muito que tomasses consciência de que as coisas não são tão negras como tu as queres ver. Acredita piedosamente que há sempre uma luz, por mais mínima que seja, no túnel. E tu vais ter de ser de uma vez um homenzinho e agarra-la com todas as tuas forças e ser feliz. Nunca percas o que de melhor tens em ti, eu conheci cada uma das tuas infindáveis virtudes. E ninguém sonha o orgulho enorme que tenho em ti por isso. As vezes gostava de culpar o destino por aquilo que nos aconteceu, mas não seria justo, sei bem que foram as minhas acções que levaram a todo este desmoronar. Só nunca suspeitei que seria tão sangrento e destrutivo. Em tempos foste o meu maior abrigo, agora és a minha dor. Mas embora tudo, por favor, nunca esqueças que o que julgamos infinito o é mesmo. É mesmo para sempre.
Parabéns.

terça-feira, 2 de março de 2010

vanilla twilight.

Eu fico acordado e sinto a tua falta - eu queria muito que tu tivesses aqui - assistirei ao aclarar da noite, mas sei que não vai ser o mesmo sem ti: são precisos dois para sussurrar baixinho. Os espaços entre os dedos estão vazios, e ainda me lembro como os teus dedos encaixavam na perfeição nestes espaços agora solitários. Não durmo a dois dias, há uma nostalgia constante no meu sangue (em tempos ele ferveu tanto por ti). Então sento-me na varanda e fico com os meus pensamentos, penso em ti, porque quando penso em ti não me sinto tão sozinho. E prometo-te agora que esta noite serás só tu a dona dos meus sonhos. E mesmo quando esta mágoa toda passar e voltar a viver de novo, eu juro-te que não te vou esquecer. E se a minha voz fosse potente o suficiente para regressar ao passado, eu dizer-te-ia ao ouvido que queria muito que tu ainda tivesses aqui...

a ti amor, me ajoelho.

Eu sempre afirmei que havia pessoas que não estavam destinadas a amar. Eu sempre disse que o amor não era para mim. Aliás, escrevi-o bem claro na areia tépida da praia ainda em criança crescente. Que não tinha nascido para sentir por mim e por outrem esta maresia rejuvenescente que é o verdadeiro Amor. A sorte não é algo frequente no meu quotidiano. Não é algo que me apedreje com frequência. Muitas foram as vezes que mesmo dando o tiro certeiro, no fim, o certo tornou-se errado traiçoeiro.
É difícil falar de amor. É difícil descrever o que é amar alguém, porque pode-se sempre ter certezas do inicio, mas nunca da sua continuação, muito menos do seu fim. Então, a ti amor, te entrego a quem de ti souber fazer melhor e riqueza. Me rendendo neste momento a meu inimigo vida, de mãos tão vazias e limpas, e me dou como escrava do mais obscuro do oceano. Local para onde caíram as minhas inscrições quando criança, onde moram certezas que desde sempre tive, e que por momentos da minha historia, as julguei incertas.