quinta-feira, 2 de outubro de 2008

sair pela janela.

Acordei, como todos os dias, nesta terra que não vai a lado nenhum. Neste país que não dá lugar aos meus sonhos mais extravagantes e bonitos. Aqui, pela primeira vez, senti-me presa. Vontade de conhecer melhor ... O que há depois e depois do que sempre conheci. Novidades, odores e sabores diferentes dos que me habituei. Pessoas diferentes, sem vergonhas e medos dos outros. Algo paranormal á minha realidade, uma terra que me deixa-se imaginar o que vem a seguir ao impossível. Acordar, como todos os dias, com um sorriso no rosto, porque ali estou bem. Porque não haverá prioridades e STOP's sempre a impedirem-me o caminho, o futuro. Um local do mundo, onde andar é como se voasse, a sensação de liberdade ... Quero mais ! Muito mais do que isto que tenho. Quero deixar de ter insónias, e que os sons da rua agitada que fala por si, me embale e eu adormeça. As lágrimas secarão através do calor humano de uma cultura diferente, de um país rico e profundo. Digno e vivo, pronto a evoluir, imbatível e consciente que o povo sonha, e também merece realizar esses sonhos. Quero saber o que é deitar-me na relva de um parque do centro da cidade, e sentir que o vento me beija. Que as folhas do calendário caem, mas que tudo me sabe da mesma maneira, de quando lá cheguei.
14.Julho.2008

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