terça-feira, 30 de junho de 2009

«sei-te de cor, cada passo (...)»

Só me queria despedir.
(perdoam-me as lamechices)

ciclo.

"A Mafalda que eu conheci não desistia."
é frase que ecoou o dia inteiro de anteontem, ontem, hoje e provavelmente ecoará o resto das semanas seguintes. Portanto, no mais profundo desabafo, sussurro que não foi desistir... foi mais uma vez fugir. Este céu está coberto de nuvens escuras como breu, o chão ensopa lágrimas e o local está saturado. Vou fugir, vou embora, mudei de escola.

já estamos quase no três.

Pergunto-me, muitas vezes, qual será o nosso aspecto visto de fora. E agora pergunto-me também qual será o aspecto do teu sentimento, se será assim tão banal ou estranho, para me esconderes e brincares comigo tão traiçoeiramente. Não me digas que sentes a minha falta, e meia hora depois... já estás entretido. Eu não queria voltar a pensar em desistir. Sê o meu andar e não a pedra no sapato.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

autoria de Sávio Fella

"A vida é mesmo uma rotunda, há quem saiba dar a volta e há quem se espete."



olha, nem mais.

entre a espada e a parede.

É um exercício difícil este... o de conjugar o que nós gostamos/queremos com o que é melhor para nós. A começar pela confusão das palavras á mistura. Claro que há partida nós queremos o que é o melhor para nós. Mas o sentido não é esse. É mais a do género de, só para chatear, o que queremos ser o oposto do que é melhor para nós. Conto-vos o geral da historia, porque não tenho vergonha desta minha fraqueza... O que eu quero é acabar o secundário normalmente. Mas o melhor para mim é optar por um curso de especialização/profissional porque não só me puxaria mais pelo interesse pelos estudos como eu sei que não consigo acabar o secundário sem sair da escola aos 30 anos. Não queria voltar a chumbar, é mau demais. Então solução: Oh Mafalda vai lá para o curso de comunicação , markting e relações publicas que gostas! ... Mas então, vou optar por gosto ou porque me é mais fácil? Sinto que me estou a presentear com um atestado de estupidez e incapacidade enorme. Mas, talvez, eu não seja realmente capaz. E começar tudo de novo? Voltar ao décimo? E o que está para trás, de que me serviu? Demorei mais passei. Foram anos perdidos... Mas se continuar aqui, serão mais ainda. Anos de vida perdidos porque eu não consigo ter motivação para fazer aquilo de que não gosto. Chamem-me de mimada.

sábado, 27 de junho de 2009

Long conversations are so comfortable

Conversas destas só me fazem bem. Só me fazem sentir admirada, compreendida e longe de constantes olhares atentos de uma queda minha para comentar e avaliar. Falamos sobre culturas religiosamente transformadoras de mundos. Falamos, eu e o meu Rafa. E é tão empolgante o levar de temas chamados "adultos" por duas pessoas de acreditares mitologicamente diferentes que se fundem também no idêntico no sublinhar de desejos e opiniões. Com ele é bom falar. É natural - é essa a palavra certa. E melhor, só mesmo depois de horas a divagar na cruzada da partilha experiêncialista e vontades, ouvi-lo praguejando «se as pessoas soubessem que és assim...». É bom. É ver que no meio do buraco de cadáveres desafogados existe quem me veja para além das atitudes, das lágrimas sem sentido, da irresponsabilidade por vezes e extravagancia. Veja, no fundo, um ser humano um pouco crescidinho. Boa noite, gosto muito da nossa cumplicidade e da amizade misturada com a química.

(wait for you) - música.

«Eu nunca senti nada assim antes: agora sinto a tua tua falta
e desejo que voltes a entrar pela minha porta. Porque é que tiveste de ir?
Tu podias-me ter dito. E eu agora estou completamente sozinho!
Miúda, tu podias ter ficado, mas não quiseste dar-me uma oportunidade (...) Porque é que partiste?
Porque é que o teu orgulho te faz correr e esconder? Tens medo de mim?
Eu sei que é uma mentira o que guardas aí dentro, não é assim que tu queres que sejam as coisas.
Então, amor, eu vou esperar por ti. Porque não sei mais o que possa fazer
Não me digas que o tempo se esgotou! (...)
Eu preciso mesmo de ti na minha vida. Não importa o que eu tenha que fazer...
eu esperarei por ti. Já faz algum tempo desde que me falas-te... Como é que me podes-te esquecer?
Tu deves estar-te a sentir maluca... como é que conseguis-te ir embora?
Está tudo igual. Eu realmente não aguento mais, amor. O que é que é preciso fazer para voltares? (...)
Porque é que não consegues olhar para mim? Tu ainda estás apaixonada por mim!
Não me deixes a chorar... Porque é que não podemos começar de novo?
Voltar a ser como era. Se tu me desses uma chance! eu posso amar-te "como deve de ser"
Mas tu dizes-me que isso não é suficiente! (...) Eu vou esperar por ti, nem que seja a ultima coisa que eu faça.
Estarei a espera...»

quarta-feira, 24 de junho de 2009

(your call) - música.

«(...) Liga-me, estou triste. Liga, estou desesperado pela tua voz. (...)
Eu nasci para te dizer que te amo, eu estou a despedaçar-me só para fazer o que devo:
Fazer-te minha. Fica comigo esta noite...
Limpo e polido, estou novo, estou fresco (...)
Cada vez que tu respirares, enquanto estiveres ao meu lado,
trará vida ás minhas esperanças mais profundas (...)
Estou tão cansado de estar sozinho, neste momento tão solitário só quero voltar para casa...»

fact

És um insulto à minha inteligência...
(mas também, pareçe que não me importo com isso. estúpida)

terça-feira, 23 de junho de 2009

detalhes da tua ausência VI

Tu nunca me abraçavas com força. Era preciso pegar-te nos braços, enlaça-los bem a volta do meu corpo; mostrar que assim me sabia melhor. Sinto falta disso. Acho que no fundo percebo a ausência de intensidade. Tu sabias, tinhas certezas que eu não ia fugir. Não precisavas de me prender para que não me fosse embora, nem eu a ti. Mas eu sabia que um dia poderia fugir. Talvez, eu não sei, interiormente estivesse a mostrar-te que precisavas de me apertar com força, com amor. Para que não fugi-se realmente. Fugi. Não digo com isto que a culpa foi tua. Longe disso, trataste-me sempre como uma princesa. Deste-me tudo o que quis, tudo que sonhei um dia sentir correspondido. E eu precisei de deixar de te amar por isso... É bizarro. Estúpido. Idiota e infantil. Lembro-me de me deitar no teu peito só para ouvir o teu coração bater. Era como se ele ao meu aproximar fala-se comigo, dizia-me que era todo meu. E eu não cheguei aperceber-me nem metade da sorte que tinha por isso. Mas sabia-me tão bem, ter algo tão puro, assim, só para mim. ... Sabes a sensação de casa?

Lesson n'1

Hoje aprendi que se a "revelação" for inesperada e impensável, não adianta se as pistas para lá chegar são as mais óbvias e directas que nos poderiam dar.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

detalhes da tua ausência V

Muitas montanhas posso ter destruído, ricos secado, flores pisado e trapos cortado. Posso ter perdido a fé. Posso ter mandado ao ar palavrões, falar de forma desdenhosa, posso até ter voltado a saber o que é adorar alguém. Posso ter mudado, ter-te desenhado mais de mil vezes de forma diferente e trocar as cores que sempre conheci e por isso ter errado. Até pode ter havido constantemente a voz segredando de "tu nunca alcançarás" ao meu ouvido, posso ter desistido ou não. Não ter auxiliado a mim mesma e a tua pessoa nos obstáculos novos, e se fiz, ter falhado. Podes ter mentido, maltratar-me, humilhar-me, pisar-me, derrotar-me e estragado o meu presente. Dificultas-te muito as coisas, escreves-te demasiadas linhas para uma composição tão pequena e acessível ao vocabulário comum, esvazias-te um copo de agua, mandando fora o resto que poderia ter-te matado a sede agora. Mas foi tudo amor, e quem não fraqueja e enlouquece por sofrimento do coração... eu sempre soube que eras diferente, que «o teu barquinho remava contra a maré».
Eu posso ter começado a seguir em frente, e obrigar-te a fazeres o mesmo. Podes ter inventado, pode doer-te. Mas este sentimento de admiração está entranhado em mim. Está uma sensação de orgulho presa na minha pele que por mais mordida e ferida, não sai. Sabes, embora tudo, és a pessoa mais bonita que conheci até hoje.
"- trata bem daquilo que já foi meu."

quinta-feira, 18 de junho de 2009

letters. III

Querido mar,
hoje escrevo-te de coração nas mãos. Está a bombear tão bem, tão carinhosamente cheio. Obrigada. Meu amor chegou-me inteiro e com saudades do meu sabor. Ficamos de olho em ti, na tua reserva natural que acolheu Adão e Eva. E tu, não lhe tires o salgado de cima, os olhos dele ainda cobiçam sereias adjacentes e imortalizam a deusa, sabes, aquela melhor que eu. Mas não importa, desde que ele fique mais tempo no areal do que mergulhado em ti eu já choro de alegria.
Visitar-te-ei pessoalmente em breve, só o meu mar me cura a paralisia que os meus pés queimados agora carregam. Não me ralhes, por gostar comete-se loucuras. É tão bom amar leve.
sempre tua admiradora,
Mafalda

(vocês sabem lá!) - música.

«Vocês sabem lá, a saudade de alguém que está perto
é mais, é pior do que a sede que dá no deserto.
É chama que a vida ateia sem dó na alma da gente, ao sentir que vive só.
Vocês sabem lá que tormento é viver sem esperança
e ter coração, coração que não dorme nem cansa.
Não há maior dor, nem viver mais cruel que sentir o amargo do fel (...)»

terça-feira, 16 de junho de 2009

Merecer.

é um continuo movimento de rotação. como bola de neve, que escorrega encosta abaixo. se o salto for bom, a sucessão de neve que se agarra ao floco inicial é bom, se for mau, não merece, toda a neve acumulada será mortífera. por ter errado de inicio. e se realmente se ansiar por positivismo, terá de haver uma taxa a pagar, alta, para o ter. não recebes sem dar algo em troca. que se sente no cadeirão real o sovina e o fona. há vários tracejados nas folhas de pagamento. para se merecer, tem de se fazer por isso, mas o primórdio da lista é errado. pelo menos, moralmente e pessoalmente é.
ser boa pessoa e uma cabeça no lugar perdeu importância. agora as faculdades educativas são o manda-chuva das regalias. então, aceito. que venha a inteligência que pelos vistos só existe com empenho estudantil. o resto pode falhar, não é? afinal é secundário. quando o pânico chover, digam-me se afinal merecia ou não oxigénio apenas com um risco no caderno.
a maturidade intelectual vem escrita num manual escolar, foram precisos mais de uma década de vida para perceber isso. perdoem-me os entendidos na materia esta minha burrice, então.

sabes...

... quando o óbvio parecer o mais certo, perceberás que se inicia um cúmulo de complexibilidade.

domingo, 14 de junho de 2009

desafios

Este desafio foi-me proposto pelo «me conte sua História» e «crazy» e destaca-se pelas seguintes regras: escolher cinco situações na tua vida que mereciam ser repetidas em câmara-lenta; e passar o desafio a 12 blogs.
FiveMoments: os melhores meses, um certo momento da passagem de ano, as 1ªs vezes no sitio do costume, a noite, as escapadinhas ás escondidas.


Este selinho foi-me oferecido pela Mara, e tem como exigências citar o nome de cinco pessoas muito especiais para mim, pedir um desejo e passar o prémio a dez blogs que ache 'um amor'. EspecialPeople: as minhas duas melhores amigas (e fico-me por aqui, precauções). E o meu maior desejo - de agora - é estabilidade.

Passo-o aos blogs: Desire, como uma apóstrofe, love is a four letter word, Mãos no fogo, Melodias do coração, Nuvem de sonhos, pensamentos rascunhados, "Por mais que seja o desespero, nenhuma ausência é mais funda que a tua", Retalhos, o sabor dos sentidos da vida, untitled, ...apenasmomentos, Me conte sua historia, essa boneca tem manual, Lugar magenta, Rosa caida Agora escolham o que vos agrada mais.

- missing

i don't want any other man, only you.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

detalhes da tua ausência IV

"Os corações do _ são feios"
Ando em maré de obras cá por casa, o que requer empacotar tralhas e tirar teias de aranhas do passado, do que escondemos para não lembrar mas também não tivemos coragem de mandar fora. Percorri infância e actualidade. Ou para ti, devo dizer infância continua. Já que para ti não cresci? Vi coisas que já não me lembrava. Afinal esconder até faz efeito. mas ao tocar em cada uma delas a historia desta vem-me a tona do ouvido e recordo cada pormenor. Mas por ti, vasculhei gavetas até encontrar uma folha cor de rosa, que não via a bons meses.
"Não esquecer: - não ser sarcástica - não falar sobre assuntos íntimos - confiar cem por cento nele - ele gosta de ti" "Não prestas, és uma merda, cresce!"
Juro por tudo, se a minha palavra ainda tiver valor, que isto é verdade. Tinha noção da existência da folha, mas não tanto das palavras agrestes que escrevi para as decorar e não voltar a errar contigo. Lamento as teorias das discussões serem boas para a manutenção de uma relação, a mim, foram sempre o caos.
Mandei a folha fora. Ainda pensei em guarda-la na minha caixa cheia de papel que guardo para recordação. Mas prefiro só as boas em relação a ti, não as tenho a muito tempo.
Mais tarde encontrei cadernos da escola, ano passado, de conversas. Com a tua letra. Este guardei. Trás-me á memoria coisas boas de ti.
"Coisas para fazer hoje: Gozar com o _ ; sexo visual ; reclamar com o fecho do _ ; bater no _ ; guinchar por ter batido no _ ; comer uma salada ; fazer cara de parva de 5 em 5 segundos ; ler a sms."

quarta-feira, 10 de junho de 2009

(silêncio e tanta gente) - música.

«Às vezes é no meio do silencio que descubro o amor em teu olhar (...)
Às vezes é no meio de tanta gente, que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito, ou sou uma pedra de um lugar onde não estou.
Às vezes sou o tempo que tarda em passar
e aquilo em que ninguém quer acreditar!
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não...
E troco a minha vida por um dia de ilusão (...)
Às vezes é no meio do silencio que descubro afinal p'ra onde vou
E este grito, esta pedra são a historia daquilo que eu sou. (...)»

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Level two.

e hoje fizemos um mês de segredo. de crime cometido, de ilegalidade transbordante de pecado. gostei mais um pouco de ti e descobri mais um pouco de ti. mau, como sempre é de esperar. estou a bater com a cabeça na parede. a teimosia devia matar, e o amor também. não de desgosto, carnal mesmo. como tiro certeiro, fundo, forte, no peito. morre-se logo, não doía mais.
soube o esforço (ou falta dele) que tens para a minha presença destacável na tua boca. onde eu a meto, antes, tiveram lá muitas outras. provavelmente, até deves sair de uma para ires ter com a outra preferida - eu - acho. se merecer tal honra, haver uma predilecta. para além da oficial, que burra serve de prostituta para ti. não sei qual de nós as duas o é mais. ao menos ela não sabe o que lhe abala o coração, não te conhece, meu desgraçado. tens sorte. eu conheço, bem. queria ser ingénua também. sou a mais idiota. abençoam-lhe a ignorância. trás-lhe a felicidade, a mim a sabedoria só trás se fechar os olhos. sentada no teu colo ou debaixo de ti. é irónico. sempre repugnei gente como tu. e o auge da realidade, é que me apaixonei pelo manda-chuva dessa gente.

domingo, 7 de junho de 2009

detalhes da tua ausência III

És boneco de pano mudo. Um tiro certeiro no escuro sem fundo. Preferes dar aconchegos a palavras cruéis e finges silêncio temporário. Um dia perdido na historia fantasiosamente real, conheci-te. Tu, como realmente és. Um príncipe incapaz de magoar vez que fosse. Julguei-me princesa violeta de meu príncipe, até nos últimos parágrafos das ultimas folhas dos últimos capítulos do ultimo livro ter percebido que somos a nu dois sapos em fase de ascensão a qualquer coisa que ainda desconhecemos. Posso estar-me a tornar-me lixo a teus olhos, posso até merecer a dor que muitas vezes sinto, posso ter vontade de te telefonar só para te mandar para um certo sitio. Já não te amo. Decertezas. Mas saber que enquanto eu me remexo na cama com falta de sono, tu dormes. E nada de mal te pode acontecer. E não há melhor sensação do que essa. Que estás seguro.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

letters. II

Querido mar,
ainda não me trouxeste o meu amor. Ele ainda navega e embate nas tuas rochas e portos perdidos. Porto seguro é só o meu, queria que o percebesse, um dia. Tenho saudades - no mais puro sentido da expressão - e preciso de bebe-la com a sede que se tem por agua salgada após dias sem H2O. Ontem o telefone tocou, após semanas de angustia de esquecimento total. Disse-me o imenso que lhe faria falta numa noite destas, o meu coração usado e pisado bombeou ardor de novo. Estou a cair encosta abaixo, sem alma penosa ou tu mar, para me amparar a queda. Mas na onda de irresponsabilidade com que me molhas-te, agora só quero saber do meu amor e no dia em que ele vai regressar em força, de novo. Está a voar alto demais, na imensidão do teu companheiro céu. Dei-lhe asas, porque a esperança não morre nunca, e ainda acredito que mo trarás e ele me levará nas suas asas ao auge do céu.
Com todo o amor,
Mafalda

quinta-feira, 4 de junho de 2009

(há certas coisas) - música.

«Há certas coisas que não entendo... Tu estás em tudo o que eu penso!
Sonho acordada com a tua chegada, e quando chegas, não existe mais nada. (...)
Eu só te quero e não digo
Quero mentir, e não consigo.
Eu só te quero, mas não sabes que neste amor só tu cabes.
Eu só te quero comigo... pois eu estar sem ti não faz sentido (...)
Contigo o mundo é mais bonito (...)»

segunda-feira, 1 de junho de 2009