domingo, 27 de setembro de 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

«a esperança é a ultima a morrer»

Depois de uma tarde que passou ao sabor de lágrimas e pulsos atados ao esgotar da capacidade mental, a noite anuncia-se alta e fantástica a oxigénio divertido e normal. Ainda que sem saber o que vestir, a espuma já está nos caracóis e nenhum pormenor mais tem importância perto das melhores companhias que me esperam.
Boa sexta-feira a todos, e obrigada por de certa forma, me escutarem.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

desvaneios.

Nunca antes aquelas unhas rosnaram na parede com tanto fugor, quanto mais tal olhar ter sido tão idêntico a um estalactite gélida. Era revolta, oh sim, tenebroso ódio a bolsar o seu vomito venenoso nas veias. Era ânsia de errar só para magoar. Vira sangue na alcatifa, forrara-a alias. Como se vermelho de cheiro a podre tivesse sido sempre a sua cor. Havia um rasto no chão, lama, suor, saliva, esperma, bolor. Gemeu, grunhiu até a garganta ser lixa e ficar afónica. Via vultos no tecto, cores, muitas cores a espetarem-lhe lanças no corpo rude. Feria. Regava-lhe o pouco medo. Tornando-o nulo, tornando-a louca.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

detalhes da tua ausência XII. - Nem tudo o vento leva

Ainda que sem efeito, ainda que uma canção muda e uma visão nula, repito novamente, sem efeitos ou indirectas: não consigo viver sem ti. Tenho um sentimento por ti daqueles do caralho. Amo-te como um verdadeiro amor, como um mestre, como um filho do peito, como um amigo de uma vida inteira. Passou um ano, hoje, dia vinte e um de Setembro, um ano que fugi. Mas escuta ainda assim, que ficar sem ti é perder parte de mim. Habituei-me a ti de uma maneira estúpida e decadente, ao ponto de ser fascinada por ti e pelo complicado que és. Ouve-me, admiro-te mais que qualquer ser. Odeio muita coisa em ti, choro quase todos os dias por ti, pela tua ausência e pela dor que me fazes sentir ao magoar-me tanto. Só que por ironia, nada disso tem valor perto do quanto sinto por ti - não por todo o bem que me fizeste - mas pelo que eu te fiz e faço, e também por aquilo que és. Não sei se é mais correcto dizer-te obrigada se pedir-te desculpa. Como tão certo sabes, fiz ambas e volta e meia caímos no mesmo buraco. Não tenho trunfos na manga, como te disse anteontem, só necessidade de que o saibas. Peço-te sempre que sejas feliz, e com isto esqueço-me o quanto te magoou. Repito: para mim és perfeito, e ver-te agir mal desilude-me tanto. No fundo, esqueço-me que não o és, que ninguém o é. Nem tão perto disso eu sou, como me afirmas tantas vezes. Lembro-me deste dia á um ano atrás como se fosse ontem. As coisas más nunca se esquecem, é verdade. Mas mais que as más, as mais fantásticas também não. Por isso o meu peito descansa a mente, pois sabem que nunca sairás do interior de nenhum deles.
Nem tudo o vento leva. Ainda que o teu vento me leve a mim para longe perdida, tu serás sempre a folha preferida da minha árvore.

sábado, 19 de setembro de 2009

Prémios fresquinhos !

Este selo foi-me oferecido pela Soraia, do blog Crazy, e tem as regras de o passar a cinco blogs e dizer três desejos.

Passo-o então ao blog da minha Andy, da minha Mónica, da Ana, da e da Marianinha. Sendo os meus três desejos neste preciso momento: conseguir conciliar as amizades de antes com os estudos, ter mais liberdade e engordar quatro quilos. (foram superficiais, os mais íntimos estão nos segredos dos deuses!)

Mais um selo oferecido pelo Crazy, e tenho de oferece-lo a seis blogs (ofereço a quem o quiser levar) e responder as quatro perguntas que se seguem:

Quem mais gostas de abraçar, no presente? he knows. Quem nunca abraçarias? à cadela da Cris. A quem davas tudo para abraçar? o Orlando Bloom, claro está. A quem davas o teu melhor abraço? a quem já não o quer.Este prémio foi-me entregue pelo blog Zoo, e tem como regras oferece-lo a dez blogs. Ora, já que 10 blogs é muito pouco para a ideia geral do selo, ofereço-o a todos os meus estimados 57 seguidores, com maior destaque aos seguidores machos, já que decerto que este selo ficará giríssimo no vosso blog.

Muito agradeçida, MafaldaMacedo

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

letters. VIII

Querido mar,
estou de corpo e alma entregues a ti. Esperançosa que me faças optar pelo certo desta vez. Há dias sonhei com esta minha antiga paixão, em plena luz da noite, após um olhar cúmplice trocado com um sabedor deste ilegal assunto. Contorci-me de vontade da sua presença ali. Naquele preciso e exacto minuto. Para que como dois rebeldes caçarmos um espaço inconsciente e sugestivo o suficiente para que ninguém nos visse satisfazer tais sentidos primitivos. As ondas adormecidas querem despertar e embater no rochedo de sempre. Quero guelras pregadas no meu pescoço para me refugiar no teu fundo, longe da agitação que causa a minha sede de agua doce neste extenso mar salgado.
quem sabe em perigo,
Mafalda

até um dia.

Foi uma partida veloz. Amargamente doce e docemente amarga. Sem palavras trágicas prenunciadas do coração para fora, só foi dito o essencial e ainda bem que assim foi. Mas agora que caminhe em direcção a mim a bonança desta tempestade, o meu campo de cultivo está violado e sedento de uma mão quente e pura. Não sou alma exigente, apenas danço já horas e longas horas de fio por uma nuvem clara no negro que se instalou em volta das minhas mãos trémulas. Sou mestre de certas dores, feitiçarias de refugio e amor certo. O arco foi arqueado e a seta, ainda que estranho pareça, bem apontada. Não rezo para que se repita, apenas tenho crença de que o ar preso na minha garganta seja retirado com doçura de uma outra lingua que não a que as minhas lágrimas de anos conheçem. tudo o que sentires, eu sentirei também diana.

guerra aberta.

Disse em tempos um poeta que tudo na vida tinha uma explicação, uma razão de ser. Suplico então a tal sábio poeta que me explique porque me consome tanto esta agonia duradoura. Percebi que querer ser feliz é pedir muito quando duas mãos não chegam para afastar tantos fantasmas.

detalhes da tua ausência. XI

"Eu não seria capaz de te deixar sozinha. Podias sentir que sim, mas eu estaria sempre no meu canto a olhar e a tomar conta de ti. Porque és a pessoa mais importante para mim, a que mais precisa de mim e a mulher mais bonita que conheço. Não há nada neste mundo, que tenha mais valor que tu..." , "Eu leio-te de olhos fechados." , "O tempo passa tão devagar quando não estás cá...".

É um suicídio que me cometo, uma faca que conscientemente apunha-lo no pulso com gratidão. É este sofrer contínuo, amor louco e desenfreado por um personagem que me regou o corpo de felicidade inesgotável. É uma maldição á alma, um castigo sem perdão. Uma desculpa que por mais dita nunca tem real sentido, por ser um barco que se embala a ele próprio e mesmo entrando agua, não poderia gostar mais dessa sensação. É um fascineo sufocante, uma admiração nunca vista pelo ser que és. E, de mão ao peito juro aqui, que gritava-lo ao mundo, se o mundo me quisesse ouvir. Ou até mesmo tu.

(até ao fim) - música.

«(...) Talvez um dia te lembres... Não te esqueças que eu fiz de tudo o que havia...
Levei-te a lua e ainda te ofereçi o céu!
Talvez o tempo nos una como da primeira vez, pois eu sou teu amigo até ao fim. (...)»

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

(por onde eu passo) - música.

«Há muito tempo que procuro alguém assim. Já me enganei, mas agora descobri.
Ela encaixa em mim na perfeição. Conheçe tudo e sabe-me dar razão.
Secretamente dá-me provas de amor, faz com que o mundo tenha outro sabor. (...)
Não sei o que fazer, mas gosto de ti. Por onde eu passo, eu só penso em ti.
Preenches o vazio que há dentro de mim.
Tudo o que eu faço, eu dedico a ti. Tens sido quem me inspira a ser assim. (...)
Junto a ti os momentos são especiais.
Descobres coisas que eu escondi em mim, tu és quem eu quero ter sempre aqui.
Não há dúvidas de que só faltavas tu, pois a minha vida agora somos só nós os dois.
Tu modificas, tornas tudo real. Contigo a minha história não tem final. (...)
Ensaiamos os dois sem perceber. Ganhei coragem e pelo espelho consegui ver: tinhas um brilho fora do normal, fiquei louco com a tua expressão corporal (...)»

O regresso, cheio de humor rasca.

Voltei das minhas curtas férias, e ainda não "voltei" completamente das obras que andam cá por casa (quem é que nunca sonhou em ter um homem das obras cá em casa quando estão a tomar banho ou a jantar? aposto que toda a gente!). E, para que não me falte nada, o infantário que existe no r/c do meu prédio também está em obras, tal como a minha escola nova. Portanto a banda sonora da minha vida presente é nada mais que alguns berros, maquinas que desconheço o nome a trabalhar e aquela mais pequena que faz furos na parede a toda a hora, de manhã à noite. As minhas aulas já tiveram inicio na segunda, ao contrário de muitos de vocês mortais que começaram ontem ou hoje e ainda por cima com apresentações. O secundário regular é para meninos, só para avisar. Eu, coitadinha, estou a entrar ás nove e sair ás sete, só com uma tarde livre e com um horário diferente todas as semanas. E aqui, meus estimados leitores, paga-se por cada módulo que se chumba. E se houver negativa no final de cada modulo, pagas, e pagas também para nas férias se fazer as horas a que se falta. Ora toma lá!
Ou seja: se tens insónias, mete-te numa escola com horários gigantes e só uma hora de almoço e uma tarde livre por semana com possíveis aulas aos sábados, que as perdes logo. Claro que os medicamentos da acumpuctura estão ajudar-me, verdade seja dita, eu ainda torci o nariz a isto da medicina chinesa mas não é que, ainda nem fui espetada pelas agulhinhas, já estou a ganhar sono? Por fazer isto recebo muita compaixão e admiração por parte das pessoas «Que horror Mafalda, seres espetada pelo corpo todo?». Outra fonte deste sentimento para comigo é o meu adereço metálico nos dentes. («ih a Mafalda do blog usa aparelho, deve ter os dentes todos feios.» não tenho não, más-línguas!) Olha-me tudo com uma imensa pena por não conseguir morder e a minha alimentação ser bastante pouca e não muito variada. «Coitada. Deves passar cá uma fome...» Perdi cinco quilos desde que o meti. Portanto quem quer fazer dietas vá ao dentista mais próximo, resulta na perfeição, porque por mais que vos apeteça comer que nem animais, as dores não deixam. E também não façam piercings no nariz, dói mesmo mesmo muito. Eu já furei há um ano e as vezes ainda infecta. Fez dia 28 de Agosto um ano, dêem-lhe os parabéns. E é isto.

sábado, 12 de setembro de 2009

anteontem.

Nada me soube melhor que as saudades que tinham minhas. Ainda que a vossa masculinidade idiota não vos deixe admitir em voz alta, sentir cada toque e olhar enternecido vosso, deu-me a alegria superior a de um verão inteiro repleto de novidades. Recheou-me de certezas os espaços que estavam perder a cor cá dentro. obrigado a todos, e em especial ao meu bruno.

pelos onze anos juntas,

amo-te mulher da minha vida.

alegorias.

Como comer mel sem sentir o odor. Como caminhar sobre agua de saltos altos. Sem desmoronamentos. Comer muito sem enjoar. Como lenha a queimar sem arder. O relógio faz ruído mas não anda. O sol atinge a pele e não bronzeia nem queima. A boca sempre mexeu, mas o som nunca aprendeu a fluir.