quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

adeus, até breve.

Eu só queria ter-te visto uma ultima vez. como uma despedida silenciosa unicamente minha. queria ter-te visto, depois do que aconteceu só te vi ainda uma angustiante vez. e isso não chega, meu amor. Poderia até chover nos meus olhos magoadas gotas e já bem fraquinhos ... mas eu arriscaria, e percorreria horas e horas descalça pela estrada de alcatrão quente, para alcançar a meta se tu estivesses junto dela. á minha espera ou não, tanto fazia, pelo menos via-te uma ultima vez. E interiormente dizer-te-ia «adeus, até breve.»
mesmo tendo plena consciência de que para ti não seria um até breve, e sim um simples ... adeus. Sem meias palavras ou intenções e sentimentos escondidos nas entrelinhas. apenas adeus. «mais uma, no meio de tantas» dirias-me tu se tivesses coragem. mas esqueces-te das infinitas vezes em que me disseste que era linda, que te sentias tão quente quando me vias passar ... e das infinitas vezes que me olhas-te bem fundo enquanto falava e dizias baixinho "Beija-me..."

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

boy addict.

Estou louca, louca. Obcecada e dependente de ti. Tornaste-te uma autêntica droga. O álcool com que me embebedo e fico nas nuvens. O cigarro com que fud... os meus pulmões. E por isso não posso ficar sem ti de um momento para o outro. Minha coca pura, volta a fazer-te notar no paladar da minha boca. Os meus olhos já passam maior parte do tempo vermelhos e inchados só de saudades tuas, de contemplar o seu monumento preferido. A visita de estudo que faria 24 horas por dia. A minha pele vai secar se não receber a humidade que lhe davas ao toca-la com as mãos.Vou enlouquecer! É isso que queres para mim?! Quanto mais tempo te manteres ausente mais doente vou ficar. És o meu remédio, os comprimidos que tomo em demasia. Agora já nem tenho sono, porque se durmo tenho pesadelos contigo. Sonho que te perdi, e ao acordar encaro que é verdade. E isso não pode ser! VOLTA, é uma ordem. Tenho fome e o meu alimento és unicamente tu. Não te aconselho arriscares, eu vou sempre ganhar! Resiste o que quiseres, usa toda a força que tiveres. Mas entende que sem ti eu me recuso a ficar.

old.

Ele já mal vê. Pouco sente, grita e chora. Leve corpo que aguarda ansioso tornar-se imune as sensações da vida. Como um fogo-de-artificio espiritual e interior. No fundo, uma recompensa após a negação constante por parte das boas emoções á possível vinda futura de o mais breve sorriso. Aquele que por mais disfarçado, seria o 1º que daria ...

Ele, é quem nunca sorrio. E não é criança, jovem ou sequer adulto. Já se tornou velho {por dentro, e por fora}. As rugas da velhice já se misturaram com as que foram ganhas pela experiência. Homem tão velho e cansado, a quem não foi entregue o "Final da vida" mais cedo, como sempre desejou.

Em jovem teria dado a sua vida por qualquer um. Até pelo cão que perigosamente atravessa a estrada. Não por bondade, mas por um certo desespero. De tudo acabar, «finalmente». Uma vida desperdiçada, poderá assim dizer-se. Que nem foi aproveitada. Chamemos-lhe assim: o homem que viveu sem viver a vida.

et-oma.

Há sempre aquela paixão pelo sabor, pela originalidade, pela próxima onda que virá. mera acompanhante dos odores marítimos, tão bom. comparo-a á textura da tua pele, apaixonante e leve, tão leve. o teu sorriso sempre enquadrado no ambiente, tal como a flor branca que te coloquei presa atrás da orelha. olhar que embala, chama e seduz. de uma cor tão salgada que leva á sensação de suplicar por mais, por mais um momento delicioso de olhares trocados. que me petrifica, me consome, me apaixona. uma hora é um segundo, uma tarde um minuto quando entrelaças os teus dedos com os meus e damos as mãos. e ao chegar da despedida, do final de um dos melhores dias da minha vida, a saudade logo chega cedo. aperta no peito como se a eternidade não fosse suficiente para nós. sabes, um dia o mar será nosso. já nos tornamos mais que pura ligação.

domingo, 14 de dezembro de 2008

super-human

Podes ter todos os defeitos possíveis e existentes no mundo, e talvez até os tenhas mesmo. Mas para mim foste o meu autentico Super-Homem. Forte, irreverente, a minha verdadeira fonte de perdição. Resgataste-me dos maus, dando-me pequenas quantias de bem estar diárias. Era tudo aquilo que precisava. Defendeste-me dos perigos, dos momentos críticos! Pois contigo, meu Super-Homem, eu esquecia todo o mundo a volta. Porque os segundos resumiam-se apenas a tu e eu. Ao "nós" que os teus poderes de super herói sugeriram serem capazes de tornar realidade. Todos os dias, surgias no meu horizonte pelo inicio das tardes de outono e partias ao inicio da noite, sobrevoando os céus. E eu ansiosa, deitava-me cedo para o dia seguinte chegar mais depressa e ser salva da melancolia dos problemas com as tuas doces e fortes palavras. meu Super-Homem ... Conseguis-te fazer surgir em mim a vontade de querer ser outra pessoa, uma digna do teu potencial! Tornaste-me, fizeste de mim uma mistura de personalidades. características essas que julguei sinceramente serem as perfeitas. mas o horizonte diz-me que me enganei, porque em tempos sobrevoas-te os céus mais uma vez, só que desta vez, tu ainda não voltas-te ... E por baixo da minha porta caiu ontem um bilhete, dizendo que te fartas-te.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

autor desconheçido.

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência
É mais funda do que a tua.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Perfect Friend.

Sabes, é tão bom ver-te com esse sorriso estampado no rosto. Quando vens ter comigo e dizes "Mafalda, sou tão feliz."
B: Ela é mesmo perfeita, e tu também.
És aquilo a que chamo Uma Caixinha De Surpresas, um genero de pré-perfeição que com o minimo "jeitinho" chegas lá. E tão façilmente.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

- chama por mim!

Fomos mais uma aventura na vida de cada um. E por ser isso mesmo, tudo terminou. Acabou "mal acabado", sem uma ultima palavra, sem um ultimo olhar, sem um ultimo beijo ... Penso em ti todos os dias, e não preciso ver-te para isso acontecer. És agua no meu deserto interior, o grãozinho de areia que faz a diferença toda na minha praia. Pergunto-me se sentias realmente as coisas que me disseste «Quero tanto.» (um exemplo, das infinitas palavras bonitas com que me aconchegavas o sorriso) e me perguntavas se não sentia um género de química quando estávamos juntos, e eu, na altura ainda o negava. Só percebi que ela existia de facto, talvez mais que isso, mas foi tarde. A tua paixão foi pontual como a noite surda, mas uma vez murcha não voltou a reviver. Assim ficou, muito "nem sim nem não" e eu acreditar que ainda podia mudar ... Mas não, tornei-me naufrago da tua embarcação e decidis-te não me ajudar. Não por maldade. Mas porque simplesmente nem te apercebes-te da minha queda á agua. E lá fiquei. Na esperança que o meu choro fosse ouvido, só por ti, e finalmente fosse resgatada da minha mais recente dor. Mas não, uma sereia já tens tu. Fui mais um peixinho no teu aquário. Contigo ficou as boas sensações, o prazer, a breve troca de ideias de objectivos, quem sabe, de sonhos.
Posso concluir então que a tua sede foi saciada, e a minha, nem metade. Não quando nas situações de amigos comuns, e o segredo era só nosso, chegavas bem devagar e sussurravas-me ao ouvido «não penses que me vou embora sem me despedir de ti...» e o coração aquecia instantaneamente, de conhecer tão bem que brevemente sentiria aquilo que mais lhe dava prazer, o leve amor. Sempre soube que não serias tu o próximo que amaria, eu disse-to. Que não conseguiria. Mostras-te sempre compreender, cheguei a sentir até que também o sentias. Foram quase 2 meses, passados a correr e com intervalos no meio. Mas nos últimos tempos, nada me fez melhor do que realmente ter provado o sabor do risco e de errar de consciência limpa. Por prazer, pela imagem de um possível novo amor. Pois foi isto que tu foste, e infelizmente, ainda és um pouco.

Posts íntimos provocam duvidas por parte de quem me segue, chega até a magoa-las. Mas há coisas que temos de dizer. Coração temos só um, e quanto mais leve for o peso que ele sentir, melhor. Há coisas verdadeiras, outras inventadas. Mas nada é totalmente da cabeça; pois com o tempo, embora jovem, vamos vendo e passando por situações dignas de um filme, dum livro, e de noites mal dormidas a chorar ...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

António Lobo Antunes.

" (...) pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas e nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar (chichi, sede, fome, a janela de que se esqueceram de baixar o estore) ou fingem que dormem porque não há paciência para abraços e festinhas, pá, e a respiração dela faz-me comichão nas costas, a mania de ficarem agarrados à gente, no ronhónhó, a mania das ternuras, dos beijos, quem é que atura aquilo? Lembro-me de um sujeito que explicava
- O maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é pensar que durante uma semana estou safo!
E depois pegam-nos na mão no cinema, encostam-se, colam-se, contam histórias sem interesse nenhum que nunca mais terminam, querem variar de restaurante, querem namoro, diminutivos, palermices e nós ali a aturá-las. (...)
Não tenho nada contra os homens: até gosto de alguns. Dos meus amigos. (...) Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo (...). Volta e meia surge-me na cabeça uma frase de Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde demais. Resta-me esperar que ainda não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros."

sem título.

Foi dos melhores fins de semana,
revivi sensações.
vivi antigas e novas caras, já todas tão estranhas.
neguei a mim mesma a ideia de chorar
de me olhar ao espelho e comparar, alturas.


Caminhei ainda devagar ao longo do salão
tão antigo, de chão gasto das solas dos sapatos
que o percorrem e em tempos,
das danças que lá se dançaram.
Sim, é isso.
Cheirava-me a musica e antepassados
(mortos?) estou louca.


Lá no fundo, bem á vista embora
o negro piano de cauda.
pouco mas tinha pó
com aparência de artigo esquecido
numa casa enorme, tão mal aproveitada
diga-se de passagem.


Mas mesmo assim insisti,
ignorei as conversas paralelas
o choro do bebé no corredor mais adiante.
sentei-me no banco estreito, igualmente preto...
chamaria-lhe o contras-te ideal, sendo a sala
toda ela em tons tão claros
ser preto, só lhe ofereceria destaque.


Levantei a tampa que protegia o teclado
(do pó?) que má língua...
a sensação era a do costume: naturalidade. é tudo tão normal
tão normalmente natural.
acho seriamente que nunca aprendi a tocar piano,
nasci a saber.


Tocaria qualquer coisa. digam-me musicas, estilos, cantores,
até filmes ou toques de telemóvel
(ridículo, embora seja realmente verdade).


A primeira tecla foi a única difícil,
não fez som. e eu, confesso, assustei-me.
Perdera a firmeza? impossível.
não poderia ter desaprendido
mesmo após anos sem tocar, aquilo era o meu dom
(chamemos-lhe assim.)


Mas logo sorri, ao ver um pequeno dedinho na outra ponta do piano
tão imaturo, tão simpático
a premir-me uma tecla. e o som, fez o dono do dedinho sorrir
e com isso, a mim também.

Tudo o resto, deixo-o em vosso critério ...
apenas digo que aos poucos
silenciei a sala,

e as memorias da casa que tanto pesavam a vasta sala
foram esquecidas nos minutos, a cada nota que libertava.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

secreta relação.

Já não sou apenas filha, neta, sobrinha, afilhada, irmã, prima, bisneta, amiga, melhor amiga, até em tempos fui namorada. Agora sou amante. Cometo um pecado mortal, discreta vitima de comentários monstruosos, de sorrisos falsos de pensamento ocupado em vocabulário reles e popular. Sou a «outra», a cúmplice de um homem na ajuda mutua de o tornar infiel. Apenas tendo como beneficio receber calor e o proporcionar de prazer corporal. O sentimento deixa-mo-lo de fora das 4 paredes que nos encurralam. Mas historias destas não têm bom final, por mais imparcial que nos queiramos, acabamos por nos envolver. E com isso, gostar. Não é amor verdadeiro, é o leve gostar dele, do que sinto, do querer fazê-lo sentir cada vez mais. Continuas a ser comprometido, tens dona. Eu sou apenas a que usas para divertir. E eu faço o mesmo contigo, mas estou só. O desejo agora já não consegue vir, sem ser acompanhado do ciume e da vontade de vingança. De contar a quem tu "pertences" que a traís, e comigo. É problemático, não te quero com alguém, só comigo. Mas também não quero que sejas totalmente meu. No fundo, acho que procuro de novo os nossos primeiros tempos. Quando o carinho e o sentimento de sermos descobertos, picava na língua e adoçava os nossos momentos.

escolhas precipitadas

Não deixem os ponteiros do relógio parar, eles ainda têm muito que girar. Reviver, cantar e contorcerem-se, porque o que não mudou ontem, não muda hoje. E se o desejo ontem era nulo, hoje a tentativa será em vão. Vossos narcises ainda ontem eram pequenas sementes, e hoje, não continuam iguais? Num dia apenas á espaço para a mudança relativa de opinião, nunca, horas suficientes para a mudança das filosofias de vida.

Breve tempo que acabou.

Calculei as memorias veranescas tuas, com a liberdade que o coração aberto inspira. Tentei multiplicar, inclusive até somar, todas as palavras e detalhes da tua personalidade que me ofereces-te e as que fui desvendando ao passar dos meses. Fez-me sorrir, curiosamente, em como tudo parece calor ao principio e acaba frio. Dei o salto da altura certa, não desmanchei o meu castelo de areia nem pisei a tua margarida que vai crescendo mesmo ao lado. Talvez uma torre de areia tenha desmoronado - mais uma das que por vezes descai - mas com o tempo as reconstruo. Por vezes faço que o Verão se alargue mais do que o suposto. Não é arrependimento. É o aperceber do descontrolo intimo, que acaba em sabor de langerie. Mas mantenho-me disposto a um novo Outono, com a sede do verão e a seriedade da primavera, embora todos os sopros, bem agastados do gelar do teu inverno.
este texto foi escrito a pedido de um amigo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Decrescer.

Sempre vi em ti como frase característica "sou muito mais do que aquilo que dou a conhecer", e não me enganei. Só que ao contrário do que esperava, o lado negativo desta vez sobressaiu primeiro. E desiludiste-me. Os teus "nãos" eram afinal reles palavras que dizias por dizer, não tinhas certeza neles, apenas os ditavas vezes que se perderam nas contas.
Como tantos outros, ainda tens de crescer. Muito que provar aos que vêem algo diferente em ti, para não os magoares com as acções inesperadas. És livre, não és um prisioneiro como eu. Não és o herói mas também não és o mau da história. És o rebelde que ainda faz o que quer por ser da sua personalidade, e mais que isso, da sua imaturidade.
Quantas foram as vezes que me disseste "Já te começo a conhecer um bocadinho". Ainda foram algumas. E não mentias, conheces de facto um pouco de mim. Mas não contemplaste os meus traços próprios e únicos, horas suficientes para saberes que havia momentos nossos que levava a sério. E sei que tu também, mas não passavam de conversas. Não as aproveitavas para aprender um pouco mais sobre a razão porque o meu mundo tem a cor que tem.
Não sou tão transparente como pareço, mas há estações em que o sol não tem intensidade suficiente para me proteger. E então, sou descoberta e tardiamente voltarei a sentir calor, aquele que mostras-te ter e eu, ingénua, julguei ser suficiente para nós. Percebendo apenas hoje como teus raios são tão pequenos, que apenas atingiram meio coração. Que enganado imaginou vir um dia a crescer, contigo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bruninho '

" Nunca te tinha mostrado este meu lado sentimental (...) Pode parecer parvo mas és a única rapariga com quem não tenho vergonha de falar sobre isto (...) eu sei que tu percebes estas coisas que te digo e por isso és diferente, (...) tu és mais queridinha. E como não me estou a ver a falar com os rapazes sobre isto tenho de desabafar com alguém, e essa pessoa és tu."
Apenas digo, que faço o «sacrifício» com todo o gosto. (:

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Escrito por SaraMaduro. (para mim)

Sorrizinho pequenino
Esse olhar vidrado
Onde está o menino
Que agora foi mudado.

Pequenino coração desfeito
Por alguma coisa sem razão
O desprezo ainda faz efeito
E dá aquele efeito de ilusão

A flor está a murchar
Mas eu levo-te água
E o sentido vai mudar
Essa mágoa vai apagar

Já cresceste?
Tens a certeza?
Já conseguis-te?
Já tens firmeza?

Ainda bem, acabou
O sorriso está a voltar
A magoa terminou
Vou continuar a ajudar

Prometes não voltar a murchar?
No caso de acontecer
Quero-te apoiar
Não te deixo apodrecer

Porque de flor vais passar
Sim?
A Planta vais chegar,
Por mim?

Por isso volta a sorrir
Para continuares a florir.

Good day.

Fresco o teu olhar. Saudável mas petrificante, como a cor da casca da laranja e as letras soltas que escreves-te nela. Na manha fascinante a seguir ao sono, após a recolha diária de magia infantil. E embora criança, a autentica satisfação psicológica. Que até a joaninha verdadeira sob a planta falsa, esboça um sorriso e aquece o sol. Hoje já não chove..

terça-feira, 18 de novembro de 2008

infeliz mudança.

Mentalizei-me da certeza do teu regresso.
Nunca, que o som tenro da flauta que te acompanhava se perde-se. Se extinguisse. Estás aqui, é verdade, mas não és a mesma. O corpo permanece intacto, mas a alma que outrora foi tua, já não transmite claridade, simplicidade, um cor de rosa digno dos contos de fadas. Agora pareces farsa, a boa actriz que mente e disfarça bem. Já não emites o brilho que sempre te caracterizou tão bem, e a ingenuidade, pareces nem sequer saber o significado da mera palavra que se sentia nas tuas mãos. Tens "bagagem" em cima dos ombros e nesse coração. Pouco falas, nada escutas, já nem choras por medo do amanha. Hoje pareces esgotada, velha por dentro quando ainda és tão rainha por fora...

esperar que chegues.

Esta canção que te canto, era a que cantariam as borboletas que tens na barriga num feliz dia de Verão. Antes de ela ter partido, e não ter voltado mais para casa. Ela nasceu para dizer que te ama, até o sol se pôr, para alem da meia noite. E agora, nos teus longos momentos tão solitários tu esperas a chegada dela a casa. Aguentas a espera mias um bocadinho, e mais outro, porque sabes que ela, se foi realmente feliz, voltara para casa. Um dia.
Escuta então bem a canção que te canto hoje logo pela manha, e podes até canta-la comigo ... Eu disse-te, era ela a mulher certa, a ideal para ti. Vocês continuaram juntos para sempre até o sol se pôr e para alem da meia noite. Porque tu fizeste-a feliz, e ela voltará para casa quando a saudade e o amor renascerem. Ele entrará por aquela porta, apenas para dizer mais uma vez, que te ama como gente grande. E agradecer por não teres mudado a fechadura e lhe trancado a porta.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

certainly.

« neste caso podes ter acertado, mas á uma coisa bem certa: quanto mais conviveres comigo, e mais o tempo passar, chegarás no final com a conclusão de que afinal, não me conheces assim tão bem. verdade. »
Mafalda Macedo

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

a tua parte.

Quem és tu? Tenho a sensação de te conhecer, de algum lugar, uma parte do mundo - o meu mundo - será possível? O teu sorriso é-me bem familiar, tal como o teu jeito maravilhoso de estar, e o coração traquina mas capaz de mudar o mundo - o meu mundo. Sim, eu conheço-te. És o rapaz que amei nos últimos tempos. Aquele com quem partilhei momentos apenas e só bons, cheios de atrevimento e beijos, tão doces. Os nossos corpos já ansiaram ser apenas um, já desejaram um pouco mais de chama, a suficiente que aqueça o mundo - o meu mundo - inteiro e duma vez apenas. És pura diversão, satisfação. Por vezes, dias sem te ver, sem receber um sorriso teu, uma troca de olhares, um telefonema. Outros, pequenos conjuntos de minutos que parecem ser o melhor que o mundo - o meu mundo - me pode oferecer. Quero o teu cheiro, a textura das tuas roupas, o teu sabor de novo, neste mundo que digo ser meu - mas já não existe sem essa metade do teu.

domingo, 9 de novembro de 2008

amando.

Um coração "limpo" perde valor, um cheio ganha prestigio.
« aquela ama » , « aquela não ». A primeira terá respeito, a outra a solidão. Porque quem está só é usado, e quem não está é admirado.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

és tão.

Pára... deixa cair os braços. Alivia a pressão. Fecha os olhos, sente as pestanas aguarem. Elimina os sons á tua volta, concentra-te no silêncio do fundo. Respira o melhor dos odores, aqueles das flores selvagens. Fica assim. Uns minutos. Consegues? Depois quero que leves as mãos ao rosto e lhe toques, sem limpar as lágrimas que começaram a cair entretanto a escorrer. És bonita, não és? És prisioneira e livre. Abre por fim os olhos, e aí enterra-os nos meus... Já me entendes?

miss u.

- Desculpa não ter estado (...), desculpa-me.
- Não temos de continuar com isto, se não quiseres baby.
- Não não ! Desculpa.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

relação temporaria.

Não esperava, garanto que não estava a espera que fosse tão rápido. Apanhaste-me num dos piores momentos da minha vida, começas-te devagarinho. Até que um dia aconteceu. Nunca esperei um dia ser capaz de o fazer, afinal tu... mas o chocante não foi a 1ª vez. Foi a continuação, ao longo das semanas, era cada vez mais intenso, e os sentimentos foram confundidos. Ficas-te baralhado, sentias por ambas, mas de mim sabes que não terias a estabilidade, ainda não consigo, ainda não quero. E tu paras-te ... onde estás tu agora? Eu não sei. Não me respondes ás mensagens, e o telemóvel parece ter sido esquecido pois já não me atendes os telefonemas. Na escola e na rua, passamos ao lado um do outro, fugindo não nos vermos. Mas se o olhar é trocado, o mundo pára. E baralha-se novamente. Não sei como queres que sejam as coisas a partir de agora, se continuarei a esperar pelo trocar de beijos ás escondidas como foi todo este tempo ou se esqueça tudo, e siga a minha vida e tu a tua. Não condenarei nenhuma escolha tua, a minha já eu tomei. Estou disposta a continuar a cometer o crime, mas apenas enquanto ele foi ligeiro... Por mais bem que me consigas provocar.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

heart.

Aprendi, ao longo do tempo, coisas que pensei jamais vir a saber. Passei pelas piores e melhores fases que um coração adulto aguenta. Coração de miúda, de mãe, de mulher, de mim. O batimento é sempre o mesmo, embora me engane fingindo acelerar ou quase parar em certas situações. Chega a parar, e é como senão voltasse a reanimar. Um puro turbilhar de sangue com os sentimentos dentro do peito. Coração de criança doente, de animal, de todos, de nós. Encostem estão o ouvido e escutem a banda sonora da minha vida, seguida sempre pelo mesmo actor principal, aprendam, lamentem aquilo que um coração vos ensina.

"Menina bonita do meu coração"

Não serei bonita enquanto o tempo permitir, mas sim enquanto tu o achares. Uma menina bonita, como dizes que sou. Não é sempre bonita. A menina também envelhece, a pele torna-se gasta e os olhos ainda mais cansados, as mãos exaustas... As pessoas já não olham, já não admiram, nem reparam. Esquecem-se que em tempos até poderá ter sido a mais bonita das raparigas da sua escola. Mas agora está velha, agora é só mais uma pessoa idosa no tempo da juventude actual. A idade esconde a beleza, a pele macia e jovem, mas não tira os sentimentos e a esperança de um dia sermos novamente novas e bonitas. Mas eu serei sempre bonita, á minha maneira. Mas bonita.

« Sabes bem que és bonita Mafalda » Rafael Lima.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

D

M - Já não gostas de mim?
D - O meu sentimento para ti é o mesmo que sempre, o sentimento de alguém que encontra a pessoa que devia encontrar e o sentimento daquele amor que ninguém consegue ter. É a ultima vez que te digo isto: eu amo-te, e não me peças para to dizer outra vez. Porque se quiseres realmente acreditar no que te disse, não vais precisar de ouvir outra vez para teres a certeza de que é verdade. E se eu não sou capaz de fazer o que realmente quero fazer por nós, então vais tu procurar outra pessoa.
- E tu?
- Eu não preciso de mais ninguém, quem precisava já tive, já me deu a experiência do mundo e se eu não faço o mesmo então não há motivos para continuar a lutar para alcançar o que não pode ser alcançado. Eu não quero « outra » , outras já eu tive antes de ti. Eu não preciso de uma segunda tentativa para saber com quem é que me sinto feliz, eu não sou inexperiente nisto, ao contrario do que pensava. O meu tempo de amar já passou, passou cedo, mas passou. E eu vou continuar a ser quem sou, apenas sem sentimentos ou emoções.

domingo, 26 de outubro de 2008

repara em mim.

Chega-te um bocadinho mais para ao pé de mim. Acho que ainda não viste bem as lágrimas dos meus olhos, de tanto olhar para os teus. De tantas vezes dizer "Fica..."

tu,

és como uma golfada de ar leve, recheado de borboletas ternurentas e em tons claros. assim como a seda imaginaria do amanhecer, em que sou presenteada com um dos mais bonitos sorrisos. e a voz do vento, que ilumina a lucidez do envergonhamento assíduo naquilo que escutas. contemplando o pouco que me vais proporcionando, como o brilho dos meus olhos, que renasceu ao ver-te de noite, no momento em que o passarinho azul voou sobre nós e tu disseste que eras assim: livre.

sábado, 25 de outubro de 2008

transformas-te.

Furas-te a película transparente que havia á minha volta, o enevoado estranho que me resguardava (da magua ou da felicidade? eu já não sei). Pegaste-me na mão, disseste que era hora de lutar. Disse-te que sozinha não conseguia, que perderia a guerra sem mesmo ela ter começado. E foi aí, que não só me ensinas-te que tenho mais força do que pensava, como que contigo a meu lado a magua não doaria tanto. Rasgas-te a rede protectora, e tornaste-me forte. Sempre que tentava reconstrui-la, tu negavas e dizias, sorrindo, que agora já não posso voltar atrás, que a atmosfera transparente já não tem solução. Mas eu ainda tinha. Pergunto-me, se agora o que queres é que regresse para esse meu ninho, ou me vais continuar agarrar pela minha mão gelada. Mudaste-te tudo, mas há algo que não muda, eu não volto a viver sem ti. Adormecerei nas nuvens do céu, enquanto tu estiveres ausente, mas de lá não saio mais. Enquanto eu de ti não possa novamente perto ficar.

após a tua fuga.

E então, troca-mos as palavras típicas. Por iniciativa minha, claro. Uma meia dúzia, porque tu mal abrias a boca, só me "oferecias" um breve sorriso enquanto os teus olhos me pediam um abraço, de saudade. Não to dei, não o mereces, eu também só queria chorar e mantive-me forte. Portanto tu também terias de aguentar o aperto no peito, que nem deve ser assim tão forte. Não ouve contacto físico, não poderia permitir render-me assim tão facilmente á ternura que me causas. Tu também já não te importaste, também decidiste fugir quando mais precisei, pelo menos, das tuas palavras. Elas encaixavam tão bem nos meus ouvidos... porque é que te cansas-te de mim assim? E como é que perdes-te aquela admiração enorme por mim, se eu ainda sou a mesma menina...

Stephenie Meyer

"Eu sabia que ambos corríamos perigo de vida. Mesmo assim, naquele instante, sentia-me bem. Completa. O coração batia aceleradamente e o sangue corria-me, quente e veloz, nas veias. Os meus pulmões encheram-se do doce aroma que emanava a sua pele. Era como se nunca tivesse havido um buraco no meu peito. Sentia-me óptima - não curada, mas como se nunca tivesse existido qualquer ferida."

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Malaise de L'Orange - uma curta metragem

Trilhos de caminhos


Trilhas infinitas
Que percorro.
Queria chorar sobre elas
Mas não consigo.
A solidão
Secou-me os olhos.
O coração ainda bate
Porque ainda deseja
Viver a vida a sonhar !
Caminhos de pedra
Aos altos e baixos
E caminho sobre eles
De pés descalços.
A dor sinto-a
Mas é como se não a senti-se
Porque a solidão existe
E apaga o que persiste.
Os meus olhos
São opacos, sem cor quase
Demónio Tenebroso
Destes trilhos infinitos
Que me tiras-te o valor
Da importância de um olhar.
Ao toque
Pouco sensível sou
Porquê existir excitação
Se mais cedo ou mais tarde
Tudo acabará então ?
Escuto murmúrios
Leves sons longínquos
De reprovação
De negação ao bem
Que penso conseguir.
Em cada trilho
Por cada caminho
Milhares de Labirintos
Que me baralham
E me corta a respiração
A cada passo descalço que dou.
Curvas e círculos sem fim
E entretanto
Já os sonhos se perderam por lá !

<3-te !

És um novo sorriso, um novo sabor, mais uma nova descoberta! Beijei-te e baby morri e voltei á terra. És a nova luta, a composição que quero escrever todos os dias da minha vida. És a musica que ecoa minuto a minuto na minha cabeça, e não consigo parar de cantar. Vais fazer-me feliz ! És o mais recente monumento que quero contemplar, beija-me outra vez, eu preciso de tirar a prova final de que és realmente perfeito. O teu cheiro está entranhado nas minhas roupas, e eu quero mais que isso. Olha para mim como tua, como o animal selvagem que acabas-te de domestificar. Rejeita o receio e aceita-me, está escrito nos teus olhos de mel que me queres. Eu beijei-te rapaz, não me vais negar uma segunda vez! Quero a minha voz rouca daquela maneira outra vez, das palavras que me arrancas-te da mascara tímida. Descobris-te o meu lado louco baby, vais ter de levar com as consequências. Eu gosto de ti, a magia virá se a deixares entrar. Eu sinto bastante este amor a surgir, vai demorar a ser incondicional, mas eu espero ! Beijamos-nos rapaz, não me dês um não quando te roubar o melhor de todos. És a essência ideal para a minha jovem vida. Sentimos as línguas e tu deliras-te! Não negues, o teu corpo estremeceu colado ao meu. Dá-me autorização para te tirar as emoções, fazer render-te ao prazer, prometo não te fazer arrepender. Olha que não sou de pedir « por favor » , mas por ti vou lutar !

A terçeira partida

Nem adeus me disseste. Nem esperava que mo disse-ses. Já te conheço, a ti e ao teu método de relações. Amas-me, páras, amas-me, páras, amas-me, páras. Esta foi só mais uma vez, a 3ª julgo eu. Começas a cansar-me... se soubesses metade do que gosto de ti, acho que não me farias isto. Mas enfim, a decisão é tua. As minhas mãos já não carregam o peso da tua paixão, ou pelo menos durante os próximos tempos. Até a vida te correr mal novamente, e com saudades, me vires procurar em busca de abrigo e compreensão. E o mais curioso de tudo, é o facto de ser exactamente eu que partes em busca, sempre. Ainda tenho tanto para te dar, querido. Mas também quero que metas a opção, de um dia quem sabe, eu já não me apetecer estar á tua espera de braços abertos e lágrimas de felicidade por mais uma vez te lembrares que existo. Um dia, eu posso também já ter "parado" de te amar. Mas comigo, não será a curto prazo.

Ana (papel de seda)

- Porque é que fazes isto a ti mesma?
- Porque me esqueço do que realmente importa. Tu. (...)
- Sei que sabes que tenho sempre os braços abertos para te receber, mas custa-me ver-te assim... Saber que choras amargamente quando descobres algo que me parece tão evidente e que tento mostrar-te todos os dias.
- Eu sei. Às vezes é por medo, (...) mas sempre que re-ordeno o meu caminho e choro, sinto-me pequenina com muita, muita vontade de crescer.

- É o unico que te peço. Que compreendas a dimensão deste amor (...) Sou o teu refúgio e quero-te bem, não me afastes.

adaptado.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

escuro final

E a luz finalmente fechou-se, por fim o túnel encerrou definitivamente. Agora é apenas negro que os olhos podem ver e escuridão o que sente o coraçãozinho. Foi o que sempre esperei, que o fim chegasse e tudo terminasse sem a mínima esperança. A canção desligou-se e não volta a ser pressionado o Play. Sejamos coerentes, ainda te importas realmente? foi o mundo que sempre quiseste e acabas-te por o empurrar para mim. Provocas-te o deslize repentino da harmonia, e eu não tive maneira de o agarrar antes de ela cair do abismo abaixo. E tu? Que fizeste para impedir isso de acontecer? o brilho dos meus olhos está a voltar, tal como o preto das minhas roupas e as olheiras da falta de sono. Fala comigo, diz-me se é isto que queres para mim... Se te fiz mal ao ponto de me queres infeliz.

Question.

TENS NOÇÃO DO QUANTO MAGOA?
eu tentei tantas vezes.

bad music.

E se como resultado da ambição de uma musica, a melodia desistisse de tentar melhorar e a letra se tornasse gasta? Se as exigências macabras da musica desapontassem o compasso e ele não se fizesse mais notar? Como seria se a persistência desnecessária de futilidades da musica provoca-sem a fuga repentina do ritmo? E se o orgulho da musica interferi-se no timbre da voz que se espalharia desordenadamente? Como reagir se o egoísmo da musica fizesse esta repreender os instrumentos, que amuados fariam um voto de silencio? Mete a hipótese. Sabes que nada é impossível enquanto nem tudo for possível...

Fim do mundo , sorri.

Boneca, lê bem o que escrevo...! O fim do mundo vem aí. Tu prepara-te, vamos mesmo todos morrer. Desculpa, sei que estou demasiado bem disposto. Mas não te quero a deprimir, só porque vamos todos patinar. Há coisas impossíveis de mudar boneca, e digo-te, esta é sem duvida uma delas. O mundo vai acabar, fica comigo quando tudo explodir, a serio que te farei rir antes de ir. Querida, não faças essa cara de pânico, muito menos permitas a essa lágrima aí de cair! é só o fim do mundo, a extinção da espécie humana, o final da vida. As lágrimas agora são desnecessárias, nem deve doer... Olha para o céu, vês? O calor já se começa a tornar insuportável e o sol está a ficar avermelhado. Escuta-me com atenção boneca, se nasces-te sem mim e a chorar, morres comigo e a sorrir.

Lost

Sensação de te perder
Que o coração não consegue conter,
Perigo que espreita
E eu sou a principal suspeita.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Liberdade @

A liberdade faz-me bem. Reconforta-me. Aconchega o coração que acelera o batimento. Satisfaz a minha ingénua exigência de sorrir, e transforma o negro da minha camisola no amarelo dos meus sonhos. Não peço a perfeição, apenas o melhor que conseguir para mim ! Não é inveja, é compensar-me um pouco. É como umas férias intimas, que só eu preciso e sei o porquê. Agora vejo-me mais vezes ao espelho, agora já me acho bonita. Sei novamente o que é corar ao ouvir um elogio e o óptimo que é falar com um amigo sobre algo que gosto. Os dias agora parecem mais pequenos... o bom passa a correr. E a sensação é tão boa ! É, as ferias já começaram a sarar...

Duvida, confusão, medo e depressão.

O que é que se passa? Porque é que mudou derrepente? Não podia ser assim, não podia correr da maneira errada. Não foi o que quis para ti, para mim, para nós ... Está a matar-me aos bocadinhos. E agora .. agora as certezas já são duvidas outra vez. E estão a fugir do meu alcance. Não queria um Fim assim, não que sofresses, não que a culpa tivesse de ser de alguém. Queria um sorriso, mesmo que tivesse de haver lágrimas, que surgissem e acabassem apenas e só naquela altura. Tenho saudades tuas ... e isso faz-me mal. As saudades só atrapalham a cabeça e o coração, nem se fala. Mas tudo é uma incógnita: o porquê, a razão de ter surgido, e o para quê também não para de me assombrar. Não sei até que ponto preciso de ti, não sei se as desculpas que demos foram de facto as reais. Não sei, admito. Estou baralhada, sinto-me uma criança outra vez ! e isso é o pior de tudo. Queria que aquilo que sei, que aprendi, me ajudasse agora. Mas só complica e me atrasa a vida. Não suporto o desprezo que me das, não aguento. Faço de tudo para não te ver, porque agora só me desconforta ... mas em contrapartida, passo o dia a perguntar como estás e como tens agido, ás pessoas. É uma preocupação constante, já incontrolável. As palavras começam a anunciar que estão gastas. E eu não sei que lhes dizer, porque gasta ... gasta estou eu. Seja sim ou seja não, o que é que nos vai acontecer a partir daí? sim, é mais uma duvida, mais uma incógnita. E por mais "maravilhoso" que possa ser a descoberta de uma experiência nova, eu meto isso de parte desta vez e SIM eu preciso de saber como vai ser a seguir.
Mudas-te. Mudei. Mudaram. Nem nós nem ninguém somos os mesmos! Não é uma opinião, é um facto. A solidão ataca a todos, mas á formas diferentes de assim o ser. Porra, eu só tenho chorado. Por ti, por mim, por nada, por tudo, pelo passado, presente e futuro. Eu só quero ser feliz sem ti mas contigo, e contigo mas sem ti. Não faz sentido ... não. Mas agora também já nada o faz, pouco importa mais frase menos frase. Porque é que erramos? eu não sei. Acredita que não sei. Errar não é "humano", errar é ERRADO e ponto final. Vão se lixar as frases feitas, eu tenho as minhas! Leio uma, duas, três, quarenta vezes as coisas que escreves. Relembro uma, duas, três, cinquenta vezes aquilo que dizes. E tal como tu, também oiço o que os outros aconselham ou mandam para o ar. Mas opinião é sempre uma opinião, algo que maioria das vezes nem fundamento tem. O que é que aconteceu ao teu sorriso? O que é que me aconteceu a mim? Não quero pensar mais em mim, tenho feito de tudo para o fazer. Juro-te que tenho! e aos poucos, vou conseguindo com sucesso. Só me importas tu, como amigo, como meu tudo. E se só tu me importas realmente, faz o mesmo. Pensa em ti, e se conseguires ... em mim também, um pouco só. Saí da nossa relação com aquilo que "queria", que precisava. E nem metade te dei daquilo que necessitavas. Portanto sou eu, quem desta vez pede: Desculpa. Pergunto-me constantemente se duvidas, que já te amei mais que tudo na minha vida. Acho que sim. E sei que mesmo que to diga agora, continuaras sem acreditar. Porque te conheço, ou pelo menos, conheço de ti aquilo que me deixas-te conhecer. Eu amo-te, ainda. Não o dizia se fosse mentira, acho que o sabes.
Tenho medo que te esqueças de mim. Não que deixes de me amar ou que deixes de sentir falta de estar ao pé de ti, bem perto. Simplesmente, que eu morra no meio de todas as tuas memorias.

26.Setembro.2008

Farei sempre parte da tua bagagem, querido.

choro.

O teu coração está apodrecer? Não chores, não entres em pânico ... o meu também está. Não recolhas essas lágrimas que chamam pelas minhas, elas só te salvam. Só te aliviam a alma arrefecida. Não, não és gelo ou nada por dentro. Há espinhos como os das rosas, mas também há a ternura do perfume. Não começas a desesperar, a ser pessimista, pensa que ainda os ventos de princípios de Outono levaram consigo a magua, o sangue, e o desespero do teu erro.

novos amigos.

Entras-te "a matar" na minha vida, no meu quotidiano. E mais estranho ainda, é que vais permanecendo nela, dessa forma. Nunca consigo ter uma opinião correcta sobre ti, mudas de dia para dia, de hora para hora. Há dias em que brincas e gozas comigo, outros que nem olhas para mim. Uns em que dizes que sou especial e que me adoras, outros que não podes jamais apaixonar-te por mim. Que queres que pense afinal? De ti, apenas quero uma amizade. Mas por vezes, até isso complicas ... Uma vez disseste que era difícil, sim sou, mas tu és complicado. Então, que haveremos de fazer? És uma novidade para mim, mais uma mente estranha para eu descobrir e confiar. Baralhas-me ! sim. É o que fazes, tanto me fazes sorrir ou corar, como me dás "dores de cabeça" com as coisas que dizes. Tu decide-te. Quero que esta amizade resulte, porque no fundo, não podes ser aquilo que me dizem de ti. Pois não foi isso que me mostras-te.

acordar, revivendo.

Leve a brisa que sinto cá dentro, que me faz espreguiçar exageradamente nos lençóis de seda da minha cama. Um sombreado harmonioso de claridade em mim, transmitindo a paz dos deuses sem fim. Cantares líricos praguejo para o ar, enquanto minhas madeixas encarnadas são desfeitas na almofada do meu lar. Ainda anteontem era jovem, e por estas horas, preparava a mochila para a escola... Mas o meu barco não navega de volta, e tempos esses não descobrirei mais. para mim, tudo bem... A escuridão bocejou e levantou-se cedo e na cama comigo apenas ficou a elegância de uma tulipa enfeitiçada.

PedroAmado

« Obrigado por aquele beijinho que me deixaste corado!
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