Fomos mais uma aventura na vida de cada um. E por ser isso mesmo, tudo terminou. Acabou "mal acabado", sem uma ultima palavra, sem um ultimo olhar, sem um ultimo beijo ... Penso em ti todos os dias, e não preciso ver-te para isso acontecer. És agua no meu deserto interior, o grãozinho de areia que faz a diferença toda na minha praia. Pergunto-me se sentias realmente as coisas que me disseste «Quero tanto.» (um exemplo, das infinitas palavras bonitas com que me aconchegavas o sorriso) e me perguntavas se não sentia um género de química quando estávamos juntos, e eu, na altura ainda o negava. Só percebi que ela existia de facto, talvez mais que isso, mas foi tarde. A tua paixão foi pontual como a noite surda, mas uma vez murcha não voltou a reviver. Assim ficou, muito "nem sim nem não" e eu acreditar que ainda podia mudar ... Mas não, tornei-me naufrago da tua embarcação e decidis-te não me ajudar. Não por maldade. Mas porque simplesmente nem te apercebes-te da minha queda á agua. E lá fiquei. Na esperança que o meu choro fosse ouvido, só por ti, e finalmente fosse resgatada da minha mais recente dor. Mas não, uma sereia já tens tu. Fui mais um peixinho no teu aquário. Contigo ficou as boas sensações, o prazer, a breve troca de ideias de objectivos, quem sabe, de sonhos.
Posso concluir então que a tua sede foi saciada, e a minha, nem metade. Não quando nas situações de amigos comuns, e o segredo era só nosso, chegavas bem devagar e sussurravas-me ao ouvido «não penses que me vou embora sem me despedir de ti...» e o coração aquecia instantaneamente, de conhecer tão bem que brevemente sentiria aquilo que mais lhe dava prazer, o leve amor. Sempre soube que não serias tu o próximo que amaria, eu disse-to. Que não conseguiria. Mostras-te sempre compreender, cheguei a sentir até que também o sentias. Foram quase 2 meses, passados a correr e com intervalos no meio. Mas nos últimos tempos, nada me fez melhor do que realmente ter provado o sabor do risco e de errar de consciência limpa. Por prazer, pela imagem de um possível novo amor. Pois foi isto que tu foste, e infelizmente, ainda és um pouco.
Posts íntimos provocam duvidas por parte de quem me segue, chega até a magoa-las. Mas há coisas que temos de dizer. Coração temos só um, e quanto mais leve for o peso que ele sentir, melhor. Há coisas verdadeiras, outras inventadas. Mas nada é totalmente da cabeça; pois com o tempo, embora jovem, vamos vendo e passando por situações dignas de um filme, dum livro, e de noites mal dormidas a chorar ...
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