terça-feira, 13 de janeiro de 2009

oriundos.

As folhas já assentaram no solo, na terra batida molhada das ultimas chuvas primavis. Sobre ela já passeei, dormi, sonhei e chorei. Chamas-lhe lama porque desconheces, que desta terra todos nós viemos. Como puras sementes ingénuas lançadas ao acaso, largadas e abandonadas a sua própria sorte. Forte nos tornamos, alimentados pelas gotículas de orvalho, encorajados pelo sol lá no alto. Crescidos nos tornamos, da terra empurrados a sair e autonomamente partir. Quando após as primeiras estações mais complicadas, muitos esquecem as origens simples e delicadas. Que o que bate dentro do peito é ainda uma sementinha a desabrochar que não deve ser cuidada por qualquer um, e a água oferecida não poderá ser nem a mais, nem a menos. Simplesmente a quantidade certa com a responsabilidade de não poder haver mais enganos.

5 comentários:

Unknown disse...

A minha semente , nunca será abandonada e quando ela quiser partir nunca será por ter sido empurrada.
Beijinho

Marianinha disse...

Que o que bate dentro do peito é ainda uma sementinha a desabrochar que não deve ser cuidada por qualquer um, e a água oferecida não poderá ser nem a mais, nem a menos. Simplesmente a quantidade certa com a responsabilidade de não poder haver mais enganos.
não conseguia ter dito melhor! adorei :)

maria miguel disse...

O coração é um canto da tua alma que necessita de muitas quantidades certas de uma infinidade de coisas. Uma quantidade de coisas boas, outra de coisas más - partes vivas, partes apagadas.
E se o teu coração espera por alguém que realmente o possa aquecer, espera (: esse dia há-de chegar se realmente mereceres!
Gostei muito, beijinho *

C disse...

Gostei. e muito!
beijinhos

David Pimenta disse...

Obrigado pelo comentário, é sempre bom ler conselhos & assim ;)
devo dizer que gostei mesmo deste teu texto!
beijinho