Aguentei a mão impertinente por vastos minutos. quero ligar-te. as cartas que me escreves uma vez por mês não me bastam. lamento se necessito de um mais que não me podes dar. mas eu tenho fome. e a minha fome é saciada apenas com a sonoridade da tua voz. pela timidez inicial, e pela ternura da continuação. os meses estão a passar, e a tua chegada não tem hora marcada. começo a desesperar. o relógio antigo da sala parou, é preciso dar-lhe corda. mas não sou a pessoa certa para o fazer, se eu estou assim como o velho relógio: com o tempo parado, há espera que quem me faz viver surja no horizonte que a levou.
volta para mim, sou tão novo para morrer.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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5 comentários:
Está lindo. Quem espera, sempre alcança. Mas com o amor a pressionar, desespera-se.
(as tuas respostas?) *
espero que essa espera compense e que quem te faz viver surja no horizonte para te dar corda como ao relógio velho da sala. :)
gostei muito, *
um beijinho *
(já aceitei o desafio e postei no meu blog!)
"as cartas que me escreves uma vez por mês não me bastam. lamento se necessito de um mais que não me podes dar (...) eu tenho fome."
maravilhoso.
adorei a perfeita comparação que fizeste com o relógio!
o texto está lindo, mais uma vez.
um beijinho *
"se eu estou assim como o velho relógio: com o tempo parado, há espera que quem me faz viver surja no horizonte que a levou." adorei! : )
beijinhos*
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