sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

i don't understand.

Nem sempre percebo estes nossos tremores - os motivos concretos pelo qual o chão abana forte e vai rachando tão depressa. Não sei se sou eu, se o epicentro é bem aqui no mar, na mais funda escuridão oceânica. Ou se és tu, no espesso da tua relva, planalto que quase alcança o céu. E desse pico me vês, cada passo em falso, cada indecisão. Desse pico lacrimejas por estares tão agarrado a esse céu que já foi o nosso limite. Comigo aqui longe, tão no fundo mas ainda assim o azul mais brilhante reveste-me os olhos e as escamas. Não sinto o sol e a lua que no teu topo pousam á muito tempo. Por vezes sinto saudades de sentir o teu aconchego térmico e das folhas a avermelharem-me o coração.

3 comentários:

Margarida disse...

fenomenal :)

João disse...

brilhante, este blog deixa-me nas nuvens! :)

N R disse...

Sentes saudades dos tons que tinhas. Mas também me parece que aprecias muito os que tens agora.