domingo, 30 de maio de 2010

primavera?

Há naturezas que não podem ser alteradas. Ou mesmo que se possa, não se consegue. Fala-se em destino, no karma, no previsto e no imprevisto. Talvez nos sejamos um pouco assim. Duas naturezas opostas, incompletas uma sem a outra mas impossíveis de alterar. Sofremos tantas modificações, e juntos só nos tornamos melhor. Separados somos o caos, os mais perigosos desastres naturais. As vezes tenho saudades de quando tudo era harmonia. Quando ambos cheirávamos a primavera e não estávamos podres como agora. Ainda me lembro das cores vivas que a nossa união nos fazia ter, e agora, vez mais para além do negro? O sol sempre apoiou, sempre contribui para a nossa biodiversidade. Mas esta noite quem nos acolhe é o crepúsculo, é a humidade caustica do anoitecer. Em dois campos tão longínquos e diferentes um do outro. Aqui não sinto a tua presença. Não sinto as vibrações dos teus palpitares. As tuas palavras febris, o teu abraço perfeito.

1 comentário:

Maria disse...

sente, agora, a tua primavera.