Sei que já faz algum tempo desde a ultima vez que nós falamos. Por volta de uma semana - parece pouco, mas minutos sem ti são eternidades - que tudo mudou e nós soubemos que nada voltaria a ser o mesmo. O teu coração vazio, e o meu, cheio de dor. Então explica-me como é que chegamos a este ponto... Vamos voltar no tempo, na noite em que nos beijamos pela primeira vez. Era uma sexta à noite, em Dublin. Lembras-te? Estávamos sentado naquele bar, de costas para o mundo, dizíamos tudo aquilo que pensávamos mas nunca ouvimos. Houve uns tempos que não dormíamos a noite inteira, tal como melhores amigos, conversámos até amanhecer e aprendemos a confiar cegamente um no outro. Colocamos as alegrias ao lado das tristezas. Não perdíamos nada com isso, só ganhávamos. Espero que me estejas a ouvir, porque eu não te quero perder. Quero que sintas o êxtase de todas as nossas memorias juntos num só segundo. Sintas a nostalgia como eu estou a sentir agora. Foi na Grafton Street, começava a chover e eu quase me ajoelhei perante ti e te disse que eras a minha vida. Pensávamos que este relação nunca iria acabar, eu tinha o teu nome tatuado no meu coração. Quem poderia sequer imaginar que iríamos acabar assim? Onde foi parar tudo o que conversámos? Como é que é possível que a única hipótese que temos, seja a de seguirmos em frente, um sem o outro? Eu só queria voltar atrás no tempo, antes que atinja limites irreversíveis. Antes que chegue o pior, antes de as feridas sararem, antes que os nossos corações decidam que está na altura de voltar a amar, antes que seja demasiado tarde... Vamos lutar para que tudo volte a ser perfeito, por favor. Nós sonhávamos tão alto, lá em cima nas nuvens. O portão dos céus não é assim tão longe, nós conseguimos alcança-lo, era o que costumávamos fazer... É a (nossa) última chance.
sábado, 12 de junho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
perfeito mafalda
Gosto da forma como misturas as tuas experiências e crias outros mundos. Fica arte:P
«Houve uns tempos que não dormíamos a noite inteira, tal como melhores amigos, conversámos até amanhecer »
Não sabes o quanto este pedacinho me soou a familiar...
Enviar um comentário