sábado, 12 de junho de 2010

Oh amor.

Eu sempre falei muito de amor, e sempre escrevi muito sobre este tema. Mas no fundo, não gosto nada de o fazer. Divagar sobre o que já está mais do que falado faz-me sentir igual. E se alguma vez fui igual, foi unicamente igual a mim mesma. Há tantos tipos de amor, e ninguém tem o digno direito de fazer os seus próprios juízos de valor sobre acções que outrem tomou quando o tema é amor e amar. Mas o que é o amor?
É como diz a cantora «eu nunca ouvi falar de amor sem uma lágrima derramada», e nunca ouvi defacto. Há sempre uma certa mágoa atrelada a ele, há sempre uma dor, uma memoria triste ou um suspiro angustiado. Se o amor fosse um livro, teria de duas folhas, uma perfeita e a outra completamente estragada. Não andamos sempre a saltar de uma para a outra? Quantas pessoas podem afirmar ter estado sempre tudo perfeito? Penso que nenhuma. E os assaltos à mão armada ao amor, são os mais perigosos, porque dificilmente volta tudo a ser como era antes. O amor é sem dúvida muito vasto. Amor é sentimento mas também é físico. E quem determina o patamar em que se passa do gostar ao amar?
E assim vem a guerra. Que é o que o coração mais faz. Guerreando com a mente por um lugar no topo da razão. Quem ganha? Penso que sim, vence o coração. Porque a razão pode ser óbvia, e inclusive os olhos avistarem o quanto errada é a situação. Mas seguimos sempre o que sentimos. E quanto isso, nem eu sei explicar o porquê.

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