sexta-feira, 10 de setembro de 2010

nunca digas nunca.

Não se deve dizer que nunca faremos qualquer coisa. Impormos valores austeros e repreensíveis a nós próprios, sedentos de que o correcto decidido pela sociedade seja de facto sempre a melhor solução. Porque nós não sabemos o dia de amanhã, as vivências e situações que nos esperam. As nossas mudanças, as nossas experiências... Também eu já disse alguns nuncas. Que «nunca faria determinada coisa». E, sinceramente, quebrei-as a todas. E admito-o sem qualquer tipo de repulsa ou arrependimento. Porque o que pensamos hoje, talvez nem seja eterno - Quem sabe? E eu não me arrependi de nenhuma dessas vezes, só aprendi com elas. Talvez até, depois de tudo se ter passado, o que trazes nos bolsos ao regresso, seja absolutamente nada ou apenas coisas más. Mas talvez também a sua duração tenha valido a pena, tenha compensado esses bolsos manchados e vazios. O que nos satisfaz hoje, não nos satisfará para sempre. E todas essas minhas experiências contribuíram para aquilo que sou agora. Aprendi que não devemos, nunca, julgar os outros. Que não se aponta o dedo repreendedor, quando nós poderíamos ter feito exactamente a mesma coisa. Ou até não. Talvez não o faríamos, mas não seremos jamais um exemplo, porque ninguém tem esse poder de perfeição. E ainda bem. É feio julgar. A carta tem sempre duas faces, o que nós vemos e a que os outros vêem. E raras são as vezes em que elas são sequer parecidas. Por mais que o outro diga compreender. Há loucuras que se fazem das quais nós nos arrependemos vivamente. E elas só nos fazem crescer, aprender com os erros ou, pelo contrário, descobrir novas paixões. Temos uma vida de dois segundos – que ninguém se esqueça – e é esse o tempo ridículo em que temos de batalhar para sermos melhores pessoas. Indo contra o moralmente correcto ou não.

2 comentários:

André Mendes disse...

:D
Adoro!

Soraia disse...

Querida sei de uma forma de não te copiarem nada do blog.
Se quiseres saber depois diz-me qualquer coisa no msn.

Beijinhos