sexta-feira, 8 de outubro de 2010

21:49


Eu gosto do ecoar da tua voz, do quanto é serena e pouco melódica. Mas mais do que isso, gosto da forma, da força, da paixão alucinante que nela carregas quando prenuncias o meu nome. Gosto de a prender no meu ouvido, como um eco interminável nas mais altas montanhas. É adorável e viciante. E soa tantas vezes quase como um elogio só pelo simples facto da tua voz grossa conseguir ser tão doce quando chamas por mim. Quando me abraças e soltas um leve miado. Um grunhido acanhado de conforto e satisfação. Quando me acalmas as batidas desreguladas do medo, o quanto a tua voz estática natural se altera para uma breve canção ritmada na perfeição. Como um sopro sem vento que acalma e trás a paz ao meu peito. Um dia, meu amor, guardarei a tua voz numa caixinha de música, para que só eu, e para sempre, a possa ouvir.

5 comentários:

nikki disse...

és uma total inspiração para mim :)

N R disse...

Mafalda Mafalda :)
Olá. Passei por aqui basicamente para dizer que tenho saudades de falar contigo, apesar de ter de admitir que muito é culpa minha por me ter afastado e assim e ultimamente nem ter passado muito tempo pelo teu blog, e mesmo continuado tu a escrever tão bem. Mereço uma grande reprimenda tua. :P Agora mais a sério, espero que esteja tudo bem contigo - e por este post parece estar. :)
Beijo.

joanaa ' disse...

"Um dia, meu amor, guardarei a tua voz numa caixinha de música, para que só eu, e para sempre, a possa ouvir." adorei! Está mesmo bonito, o texto, mas gostei especialmente desta frase! :')

Anónimo disse...

Que amor :)
e eu amo caixas de musica!!! ;)

Mara disse...

«Um dia, meu amor, guardarei a tua voz numa caixinha de música, para que só eu, e para sempre, a possa ouvir.»

Um must!