Agora já estou mais calma. Já não preciso dos meus comprimidos, porque também já não penso tanto em ti. Foi mais a altura do choque, do empurrão súbito para o mundo cruel que por vezes nos surpreende. Já sorrio com mais facilidade novamente, já fala sobre os namorados das minhas amigas com elas sem me lembrar de ti - sem me martirizar por ver o sorriso deliciado delas e perceber que eu já não tenho mais essa sensação no peito. Ainda custa, por vezes, como é óbvio. Não tivemos uma relação a curto prazo, tinha as suas turbulências, mas foi longa e saudável. É mais à noite que me ocupas o pensamento. Quando estou sozinha, deitada sobre a maldita cama que em tempos partilhámos. Apetece-me queima-la tantas vezes, sabias? Não é que te tenha ódio, talvez um dia te perdoe e até quem sabe esqueça este ardor interno. Mas ainda é cedo, faz pouco mais de uma semana, a tinta ainda está demasiado húmida e se lá meto a mão, borro a pintura toda - e eu não quero cair em desespero outra vez. Tive que aceitar que o teu silêncio é agora o meu sossego, e que ele significa com todas as certezas que não voltas nunca mais. Eu não te aceitaria de volta. Por mais que me custasse, porque tu, ainda que não to tivesse pedido, também não me quiseste novamente. Deixaste-me no cais, logo no dia em que íamos fazer a maior viagem das nossas vidas. Parecias pronto para me mostrar tudo aquilo que amavas, que defendias, que acreditavas... E eu faria o mesmo contigo, sempre, e quem sabe, como não voltarei a fazer com mais ninguém. (...)
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3 comentários:
Mafalda, eu não sei se é a pares, mas a tua mãe só tem que inscrever-se conforme diz no anuncio, manda a mensagem e tal...
depois quando a chamarem para uma entrevista, ela tira as dúvidas todas, e depois decide se vai ou não!
é sem compromisso, por isso experimentem!;)
bjs
eu dizia-lhes a moda! é lindo o bikini, não é? :)
escreves lindamente*
amo o texto, está lindo :$
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