sábado, 19 de fevereiro de 2011

da fome à vontade de comer.

Julgo que a gula sempre foi o teu maior pecado. Olhavas para mim com mais olhos que barriga, como quem ladra muito mas não morde nada. Mas no fundo, só te enganaste a ti próprio. Achaste-me areia suficiente para a tua camioneta, quando mal sabias tu, que eu era logo duas ou três toneladas dela, duma só vez. Foste demasiado ambicioso, armaste-te muito e até me iludiste um pouco. Cheguei a acreditar que talvez conseguisses superar as minhas expectativas, que irias gostar de mim tal como eu sou, com toda a bagagem que tenho escondida na areia. Mas não. Furaste um pneu logo à primeira curva, e não puxaste do espírito e concertas-te o problema. Não lutaste. Foste-te apressado embora, como eu também acreditei que o fizesses - mas talvez não tão cedo.

3 comentários:

Marta disse...

ao menos és superior. Quem nao luta por nos, nao nos merece.
beijinhos

Mia disse...

Pois, eu não acredito em relações à distância. E sim, concordo com o teu ponto de vista. Se mesmo à distância resiste, perante todos os obstáculos, quando as pessoas se voltam a ver já perderam o jeito, o laço que os unia fisicamente. E esse laço é o mais importante, não é ? (:
Gostei muito do texto *

Mia disse...

Pois, eu não acredito em relações à distância. E sim, concordo com o teu ponto de vista. Se mesmo à distância resiste, perante todos os obstáculos, quando as pessoas se voltam a ver já perderam o jeito, o laço que os unia fisicamente. E esse laço é o mais importante, não é ? (:
Gostei muito do texto *