sábado, 30 de abril de 2011

o tamanho da frustração.

Os aguaceiros emergiram com sonolência na penumbra escuridão do vale. Violentos mas silenciosos, como uma facada forte nas costas, como a desilusão que nos apodrece o coração tantas vezes. As expectativas eram altas - uma chuva miudinha que cresceria firme pela alma adentro, uma semente risonha que floresceria a um ritmo musicalmente saboroso. Mas as maleitas eram mais rígidas do que se esperava, mais compactas do que se desejava, e por isso houve um mergulho de cabeça directo num lago profundo e desconhecido. Sem as ideias de que talvez haja uma solução, uma tábua sem falhas na madeira onde nos agarrarmos.

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