terça-feira, 17 de maio de 2011

asas negras, asas brancas.

Hoje quase me fizeste meter tudo em causa. Eu voei e tu permaneceste em terra. Eu senti as vibrações mais ternurentas do céu longitudinal, eu senti a frieza da desilusão e a frescura aromática da paixão. Eu esvoacei as minhas asas com cautela mas também arrisquei correndo o risco de embater no chão muitas vezes, é verdade. Mas por apreensão minha e da vida, correu sempre tudo bem. Nunca perdi valor, dignidade, nunca subi demasiado alto para aquilo que sou capaz e acredito. E tu ficas-te aí, a apalpar terrenos duvidosos, a ir contra tudo aquilo que eu sabia de ti. Lamento que vejas o facto de eu voar como uma prova de que não sou nem nunca fui tua, tal como eu lamento que não tenhas sabido voar - não digo como eu - mas com alguma esperança em cada pena dessas tuas asas de pequeno pássaro.

2 comentários:

Anónimo disse...
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bi disse...

"Nunca perdi valor, dignidade, nunca subi demasiado alto para aquilo que sou capaz e acredito. E tu ficas-te aí, a apalpar terrenos duvidosos, a ir contra tudo aquilo que eu sabia de ti." agora até poderia fazer das tuas palavras minhas :)