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Ás vezes não são só os problemas comuns que revertem para as separações. Quando nós próprios não estamos em nós, não nos sentimos capazes, fortes e humanos o suficiente para sequer existir, como é que havemos de ter forças para dispor amor e essas provas para com alguém? É por isso que digo que o primeiro amor tem de ser o amor-próprio. Há alturas da vida em que vemos das coisas mais bonitas, realistas e dolorosas de sempre sobre o amor. E é isso que tanto me apaixona e assusta nele. A sua imprevisibilidade, a sua rapidez fugaz, a sua dinâmica, intensidade e todas as partículas que o constituem e que nós não dominamos.
Ás vezes há que aceitar e saber esperar. Porque ao contrário do que defendia até agora, nem sempre quando se termina é motivo para nunca mais se voltar. Ás vezes precisamos de nós, de nos sentir de novo humanos e é exactamente aí que devem entrar as provas de amor da outra pessoa. Não quando estamos bem e felizes, mas sim quando estamos tão perdidos de nós mesmos que só através da visão daquele que amamos é que nos conseguimos encontrar de novo.
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