quinta-feira, 20 de outubro de 2011

o que não é dito.

É estranho ser nada para ti. Porque fui tudo durante tanto tempo. Agora piso o chão que outrora pisámos juntos e é como pisar um caixão enterrado. Até pensar em ti é estranho, ver as tuas fotografias, catalogá-las. Apetece-me escrever "a melhor pessoa", mas depois choro. Choro porque sempre chorei por ti. Pelo que foste, pelo que és. Pelas memórias, pela tristeza e tabu que se tornou a nossa história. As pessoas ainda se lembram dela? E tu, ainda te lembras de nós? Ainda te lembras do meu cheiro? De como te amei mais que ao mundo inteiro? Não consigo dizer que tenho saudades, que sinto uma falta de morte do teu abraço, porque mo proibi a mim própria demasiado tempo para agora ser capaz de tal aventura. É quase um crime.
Ainda assim, um dia poderei conquistar o mundo, casar, ter filhos, fazer tudo o que sempre sonhei... Que nunca, nunca deixarei de chorar por ti e de sentir esta falta avassaladora do teu abraço tão quente.

1 comentário:

AF disse...

hoje, ele contou-me eu já não ser nada para ele, enquanto eu ainda pensava ser muito e ser a tal... quando afinal existe uma nova tal!

:'(