Há amores para sempre. Quero acreditar que existe mesmo um amor tão poderoso quanto a vida e a morte, inquebrável, intemporal e mais que tudo insubstituivel. Não há dois amores iguais. Não há um tão marcante e doloroso como o primeiro nem há nenhum tão verdadeiro e apaixonante como o último. Que deus nunca me tire a capacidade de amar, que não me afaste ainda mais daquilo que realmente sou. Que nunca me tire a veia de poeta e a alma de defensora do amor. Morrerei num eterno traje de amante. De propagadora da sua palavra e força, da procura e conquista de novos corações que, infelizes, mal sabem o real sentido do amor e a sua eterna imensidão. Queria eu ter amado ainda mais quem já amei... Queria eu ter sido lutadora o suficiente para sugar todo o amor puro que já houve em mim e por mim. Queria eu ter tido consciência de tudo isto mais cedo. E amar, amar-te a ti e a todos com toda a minha alma e coração. Não ter rugado pragas às lágrimas desilusões, doridas, angustiadas e as do coração cheio de dúvidas e de inocência. Agora sinto que choro pouco, e só me sinto mais eu cada vez que oiço histórias de amor e choro como se fossem minhas. Porque, por ironia ou não da vida, muitas das vezes são mesmo.
domingo, 29 de abril de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
O culto de Lisboa.
Desde pequena que tenho em mim o culto de Lisboa. E talvez tenham sido poucas as vezes que agradeci por toda a minha vida ter ouvido da minha familia uma das frases mais puras de sempre "a minha cidade, é a cidade é a mais bonita do mundo". Lisboa mais que um distrito é história, é cheiros, é passeios. Lisboa cheira a fado, a pedras da calçada, a comida e a poesia. Quero acreditar que cada um de nós tem este amor subterrado dentro de si. Quero acreditar que um dia as casas antigas de Lisboa não serão habitadas apenas pelos idosos que lá viveram desde que nasceram ou pelas pessoas com maiores posses mas sim por aqueles que contêm este amor pela sua terra. Haverá pessoas de todas as raças, de todos os estilos, de todos os gostos, mas serão todos movidos por um amor e um culto eterno bem mais poderoso que as suas diferenças, porque o que os unirá é amaram realmente Lisboa. Pisaram as mesmas pedras da calçada que Pessoa pisou e verão o Tejo onde Camões navegou, e sentiram um orgulho nisso que a terra não retira a ninguém. Ás vezes penso no quão os meus avós gostam desta cidade, e do quanto um dia me custará saber que eles nunca mais sonharam com o castelo, subiram Alfama e comeram pasteis de nata. E acho que é um facto a lamentar quando se perde alguém que amamos... O facto desta nunca viver lisboa. Amar Lisboa tanto quanto eu a amo. E se Lisboa me amar a mim também, deixar-me-a propagar este amor por todos os que me queirão ouvir.
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