domingo, 23 de dezembro de 2012

morrer sem ti.

Um dia compreenderei essa magoa que te persegue. Um dia morrerei sem ti e nesse dia estarei mais vazia, mais sonolenta, mais apática e mais dorida do que alguma vez estive. Sentirei o arrependimento e a angustia de cada dia da tua vida que sofreste por mim, mas ouvirei lá no fundo o som da tua gargalhada tímida e do teu abraço quente. Cair-me-ão as mesmas lágrimas que caíram quando te perdi, quanto te deixei neste mundo sozinho. Quando fui cruel a ponto de te tirar o sentimento mais doce e profundo que alguma vez tiveste e transformá-lo em nada... Nunca me esquecerei das palavras que me disseste, nem uma, nem o conforto que elas me traziam ao coração, ou as agulhas que elas também me espetaram nos pulsos. As más e as boas, todas elas no baú do meu alçapão. Quentes. Fortes como tu e confusas como eu.
Eu escreverei sobre ti para sempre. E obrigada por isso. Obrigada do fundo do meu coração, por todos estes anos seres a maior inspiração da minha vida. Tu ensinaste-me o mundo, e eu ensino uma coisa ao mundo: o tempo não cura nada, absolutamente nada.

4 comentários:

Beatriz Silva disse...

Não somos perfeitos. Magoamos e somos magoados mas o que está feito está feito e não pode ser desfeito. E é verdade que o tempo não cura nada. Somos nós quem tem de lutar por isso, por essa cura e custa imenso. Mas há-de passar. Não por completo, mas há-de.
Segui*

Ragazzo T disse...

Todos dizem de facto que o tempo tudo cura, mas pouco ou nenhuns são aqueles em que alguma vez o tempo algo lhes curou o que quer que fosse definitivamente. Por isso, eu pessoalmente, acredito em tudo menos que seja o tempo quem nos cura do que quer que seja, muito menos de sentimentos por exemplo.

MafaldaMacedo disse...

É mesmo isso Beatriz, a força está em nós e não no tempo. Obrigada

MafaldaMacedo disse...

Ragazzo, o tempo é o espaço onde manobramos os nossos sentimentos e acções. Obrigada pelo teu comentário!