quinta-feira, 10 de abril de 2014

Temos uma liberdade que não é liberdade nenhuma

Ontem li este texto do Bruno Pinho:
"(...) Vejo tantos homens e mulheres a falar do 25 de Abril, a dizer que é muito importante porque nos trouxe liberdade. Estão sempre para aí a gritar "25 de abril sempre!" Mas quando passam por um casal de homossexuais começam logo a olhar de lado e a criticar. Não estou a dizer toda gente é assim. Mas no fim de contas não é ser hipócrita? Celebrar a liberdade mas depois criticar um por gostar de homens, por ter muitas tatuagens ou um penteado diferente? Sim têm a liberdade de criticar. Mas deviam ter o dever de aceitar também. Vejo pais a deixarem de falar aos filhos por gostarem de alguém do mesmo sexo. Vejo mães a chorar por filho aparecer com uma tatuagem no braço. Cada um sabe de si meus amigos, Não julguem um livro pela sua capa. É estúpido isto, realmente estúpido. Querem ser homossexuais, que sejam. Querem casar-se que casem. Querem adoptar uma criança? Adoptem! Mas não! É preferível a criança ficar num orfanato até à idade de não puder continuar lá e viver na rua. Se uma pessoa que fazer uma tatuagem que faça! É o corpo dela. O mundo seria tão melhor se as pessoas deixassem de ser ocas e parassem de decidir o que os outros deviam fazer com a vida. Muito gosta esta gente de ser igual ao próximo e de decidir o que o outro deve ser ou não."

Nos últimos dias as minhas lutas interiores têm andado muito à volta deste assunto. Tem me doido muito saber que aqueles que amo têm em si também este lado discriminatório que quase nos é cravado na pele à nascença. Porque é que nos incomoda tanto a felicidade do outro? O que é que nos faz sentir que podemos realmente criticar alguém por ser diferente de nós? De onde surgiu este ponto de comparação?
Eu anseio por um mundo igual. Espero que os meus filhos ainda vivam nele.

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