quinta-feira, 2 de outubro de 2008

complestas-me (?)

Deixa-me estar no meu lugar, as vezes faz-me bem não pensar. Sei que queres atenção, sim sim. Mas agora quero estar só eu e apenas eu. Dá-me um tempo para ter a cabeça vazia. Eu gosto de ti, mas por vezes cansas-me a cabeça. É muito peso, muita responsabilidade, e prefiro que esperes, ao chegar a dizer-te as palavras erradas quando precisares delas. Eu sei que compreendes, tens de compreender. Vai lá para fora, deita-te na relva, e olha as estrelas da noite que já caiu. Mais tarde, talvez, irei ter contigo e juntos iremos conta-las, é impossível, mas conheço-te e sei que me vais obrigar a fazê-lo. Mas agora deixa-me estar aqui quieto, sozinho, no silencio dum quarto desconhecido. Quero saber, porque acho que me esqueci o que é ter-te tão perto, mas tão longe então. Uma barreira entre nós, e se te chamar tu não vens... Terei de ser eu a procurar-te, e se quiser, levantar-me do chão para te ver da janela. Tu lá fora, como sempre, no teu mundo aquele em que me deixas-te entrar de braços abertos. Deixa-me apreciar-te, eu sei que não gostas que o faça, mas a mim nada me dá mais prazer. Dá-me a honra de ver pelo vidro que começa a embaciar... És aquela que eu escolhi, entre todas do mundo. Sê tu mesma, natural, sem as tuas ideias lunáticas que as vezes tens na cabeça. Ao abrir a porta, sentir-me-ei completo. Porque tu estarás a olhar para mim a sorrir, Feliz, por eu existir.
8.Julho.2008

1 comentário:

Anónimo disse...

Por muito que a gente ame alguem, por vezes temos de ter um momento so nosso!
Pensarmos nas coisas que nos rodeiam e pensarmos na relaçao em si!
Mas não nos podemos esqecer da pessoa do outro lado, pois ela ama nos e nao a podemos perder @