quinta-feira, 2 de outubro de 2008

espírito indomavel.

Para de me procurar, de me tentar ver onde não estou, onde não quero que me vejas se estiver. Não pressiones mais, não me agarres na mão e digas para não ir, que me queres ao pé de ti, sempre. Esquece as ilusões que te dei, as esperanças, eu estava confusa, desculpa-me por ter feito de ti uma espécie de 'reserva' caso alguma coisa corre-se mal ou eu me decidisse para o teu lado.
Tiveste azar, acontece aos fracos. Pára com as perguntas perturbadoras, não digas mais que eu sou insuportável e que me amas por isso. Não vês que sou má ? Eu USEI-TE ! Quero que fiques chateado comigo, que me ralhes, que me insultes até me magoares o coração. E se eu não perceber, bate-me, com força. Faz-me ver que o que eu fiz não se faz a ninguém, que devemos por vezes ser seguros das nossas decisões e escolhas, nem que seja para não fazer mal aos outros. Grita-me que não presto, que não mereço alguém tão bom como tu, que sou mimada e necessitada de atenção, que não me basta o pouco, tem de haver sempre o muito, mais e mais. Pega-me no braço e faz-me cair no chão, humilha-me perante os desconhecidos e os nossos amigos. Faz-me ter nojo de mim, faz-me ter vontade de morrer. Obriga-me a chorar pedindo-te desculpa, e tu infinitas vezes me dirás que NÃO PERDOAS ! Porque o que eu fiz não tem desculpa possível, e que acabarei sozinha, senão mudar. Queima-me o peito com o teu cigarro, e diz-me que a dor não se compara ao que estás a sentir por dentro. Que jamais pensas-te sentires-te LIXO por causa de alguém, alguém como eu. Eu, falsa, aproveitadora, oferecida, má e sem sentimentos. Que passa por cima de qualquer um, apenas para se tentar sair bem na vida. A merda de vida que tenho. Dá-me lições de moral nos intervalos dos insultos e empurrões á alma. Repete frases preciosas varias vezes, para ver se não as esqueço mais. Faz-me enlouquecer com tanto remorso e repugnância de mim pelo que te fiz. Faz-me sentir triste, por em tempos ter-me rido nas tuas costas, por te ter na MÃO! Sempre pronto ás minhas ordens, pedidos excêntricos, os desejos inisgotáveis, os pedidos e favores que me fazias sem pestanejar, em troca do que tu sabes .. Sei que era amor. Sei que ainda é. Não consegues esconde-lo, os teus olhos dizem-me. Tal como a tua pele, agora vermelha de raiva, quando ainda sente a seda fina da minha e derrete-se por isso. Mas tu conheces-me, sabes que mesmo depois de tanto me dizeres e o turbilhão de emoções horríveis que me fizeste sentir, quando estava no chão mandada por ti a chorar de raiva de mim mesma. Sabes que mesmo apesar tudo isso, eu acabarei por me levantar, sorrir-te e aí encostar-me a ti, dizer-te um monte de coisas que me vieram a cabeça, poucas verdadeiras muitas mentirosas, pedir desculpa, que estou ARREPENDIDA e que te amo de verdade. E tu, como sempre, sem palavras ficas a olhar para mim .. E aí choras. Não sei bem com que sensação no coração, mas choras. Eu beijo-te por fim, e tu esqueças todo o mal e eu, toda aquela encenação tua e minha duma discussão perigosa. Sim, saí mais uma vez por cima. Sabes que já não tenho solução, um caso perdido no meio do oceano da existência humana. Sabes que te vou magoar sempre, sabes isso. Tal como eu sei que tu me vais perdoar sempre, porque gostas de mim a serio.
E quem ama , perdoa .

8.Julho.2008

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