quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dona de casa, sempre igual.

Não quero mais a tua presença na minha vida. Não quero mais sapatos espalhados pelo chão do quarto, casacos pendurados nas costas das cadeiras da sala. Horários por cumprir, refeições que te agradem para preparar, conversas sobre a actualidade desportiva ou o que te atormenta os nervos no emprego. Fins de semana passados em casa, contigo o dia inteiro no sofá a ver televisão, a trabalhar no portátil ou simplesmente a dormir na nossa cama com a roupa da rua vestida. Não quero mais um beijo rápido á tua saída e um olhar seco ao chegares, escutar as mesmas piadas de sempre que já as começo a saber de cor. Já nem gosto que os nossos amigos venham cá a casa, teria de ouvir as historias repetidas pela centésima vez, e que faças de tudo para pareceres a melhor e mais culta pessoa ao cimo da terra. Não quero passar mais uma vez a vergonha de chegar ao supermercado e não ter dinheiro no cartão de credito porque á ultima da hora foste comprar lugares VIP's no estádio de futebol, para ti e para os teus amigos, e nem me avisas-te. Não me apetece ter mais discussões contigo de horas a fio, em que tu obrigatoriamente tens de ter sempre razão, e eu admitir que estou mal, embora ambos sabemos que não é a verdade. Não te quero amar mais, porque já nem te amo. Tu agora, apenas me cansas.
13.Julho.2008

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