quinta-feira, 2 de outubro de 2008

numa esplanada desconheçida.

Sentei-me na mesa vaga da esplanada de um café desconhecido, e coloquei a mala com o portátil na cadeira mesmo ao lado. E embora o clima começar aquecer, deixei a boina permanecer na cabeça, dava-me digamos, um ar elegante e casual. Avistei o empregado de mesa ao longe, pedi-lhe o meu galão com Chantilly e pedacinhos de chocolate do costume. Ali perto, mesmo ao virar da esquina, estava um daqueles violinistas de rua, na esperança que alguns cêntimos, com sorte euros, lhe caíssem no chapéu sujo á sua frente. Para meu espanto e agrado, aquele individuo tinha bastante habilidade com os dedos o que fazia a melodia entrar deliciosamente bem nos meus ouvidos. O meu galão havia chegado, como sempre olhei-o, o prazer de todo aquela obra de arte tocar nos meus lábios fazia-me crescer agua na boca. Um gole. E o portátil foi tirado da maleta. Comecei a minha pesquisa na internet, as ferias estavam aí e nem um destino escolhido tinha para elas. Pensei numa ilha paradisíaca... Na minha cabeça nada seria mais perfeito. De havaianas e bikini, em praia de areia branca e água quente e transparente. Meu Deus, como é bom sonhar. Mas não, este ano nem estava muito para praia, queria algo diferente do meu habitual. Férias no Brasil, Ilhas Maurícias e Austrália. Tudo a base de praia, sempre. Ao entrar num site, uma vaga ideia brilhante ocorreu-me, fechei os olhos. E sim, era aquilo... Ao som do violino, a sentir o quente do galão na mão direita, o cheiro a bolos e doces vindo da pastelaria ao lado. Oh sim, Paris... Paris, sem duvida ninhuma.
13.Julho.2008

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