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nova escrita.
Caminhei, sem destino, pelo meio de arbustos ou seguindo pequenos trilhos de terra batida. Olhando as flores, sentindo o odor forte da rezina dos pinheiros, escutar alguns passarinhos que cantam, tocar nas ervinhas que começavam agora a crescer. Gostava daquilo, do toque, no que cada coisa me transmitia só por a observar... Paz de espírito ou lembranças menos boas. Mas tudo me recordava algo, afinal já ali estivera antes, noutra vida, pois aquela floresta era-me demasiado familiar para não lá ter estado algum dia. Inconscientemente, conhecia tudo, cada arbusto, árvore, planta, caminhos, tudo ! Sabia até atalhos, para chegar mais depressa a casa, tal como o Capuchinho Vermelho, mas na realidade, nunca lá estivera antes. Como seria isto possível ? Não sei, nem pensei muito nisso durante o meu passeio. Só queria relaxar .. e escrever.
As horas passavam e passavam, e eu deixava-me cada vez mais levar pela emoção de começar um Novo Livro. Sim, decidira recomeçar a minha escrita mais complexa, a escrita de um livro. E este iria ser diferente, porque pela primeira vez experimentava a poesia, e não os livros Infantis que desde criança comecei a escrever. Parei apenas, quando a escuridão se apoderava do céu, e me impedia de ver o que escrevia, apesar da minha mão continuar a deslizar ao longo do meu caderno com palavras e palavras, que constituíam frases, depois versos, poemas, e finalmente, um livro. Mais um livro... Mais um pouco de mim !2.Janeiro.2008
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