quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O limite

Sabes... Não tenho saudades tuas! E acho que não as tive vez alguma. Porque afinal, Saudades de quê ? De quando me batias ? De quando me traias com outras raparigas ? De quando me tentavas levar para a cama, e eu gritava que não estava preparada ? Porra, tinha-mos 12 anos. Todas as marcas e feridas tuas no meu corpo que escondi, para não me fazerem perguntas. As vezes que fechei os olhos quando curtias com as raparigas da tua turma, enquanto ainda namorava-mos. Vezes sem conta que fiquei em tua casa horas a fio, a falar contigo para perceber porque é que me fazias estas coisas. Porque o desprezo, porque é que deixas-te de sentir Desejo ao olhar para mim, porque é que eu já não te chagava .. Tu nada dizias. Porque nem tu entendias porque o fazias! Na verdade, sabia mais de ti, do que tu próprio. Conheço-te tão bem .. Melhor do que ninguém. Sempre foste muito instável, pouco aguentas fisicamente. Raramente estavas satisfeito com o que tinhas .. Querias sempre mais e mais! E eu, era a única pessoa, que te suportava, eu era o teu porto-seguro. E namorar-mos foi a única e melhor forma que tu arranjas-te para me ter sempre perto de ti, fosse para que fosse, assim sabias que eu estava ali. Desde descarregares a raiva de alguma coisa em mim até me pedires para te abraçar, porque querias atenção. E tanto tu como eu, sabemos que só eu aguentava contigo e com os teus péssimos estados de espírito. Mas um dia .. Um dia foi a gota de agua. Sabes bem o que fizeste! E ainda doí demasiado para conseguir escrever. Ainda sinto nojo de mim, e já passou um ano. Fui-me embora, e sabes bem que já não volto. Por isso eu pergunto... Saudades de quê ?
5.Janeiro.2008

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