sábado, 25 de outubro de 2008

transformas-te.

Furas-te a película transparente que havia á minha volta, o enevoado estranho que me resguardava (da magua ou da felicidade? eu já não sei). Pegaste-me na mão, disseste que era hora de lutar. Disse-te que sozinha não conseguia, que perderia a guerra sem mesmo ela ter começado. E foi aí, que não só me ensinas-te que tenho mais força do que pensava, como que contigo a meu lado a magua não doaria tanto. Rasgas-te a rede protectora, e tornaste-me forte. Sempre que tentava reconstrui-la, tu negavas e dizias, sorrindo, que agora já não posso voltar atrás, que a atmosfera transparente já não tem solução. Mas eu ainda tinha. Pergunto-me, se agora o que queres é que regresse para esse meu ninho, ou me vais continuar agarrar pela minha mão gelada. Mudaste-te tudo, mas há algo que não muda, eu não volto a viver sem ti. Adormecerei nas nuvens do céu, enquanto tu estiveres ausente, mas de lá não saio mais. Enquanto eu de ti não possa novamente perto ficar.

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