sábado, 28 de fevereiro de 2009

entre a uma e as três da manha.

Sentei-me no chão de madeira certa, com as pernas descobertas dobradas encostadas ao peito. Abracei-as com os meus braços magros («tal como todo o corpo» avisa-me a balança sempre que semanalmente me peso), e fechei os olhos ao inicio intrigante do som que o meu computador soltava. Era um soma uma conversa que as novas tecnologias oferecem "chamadas de voz no messenger", mas naquelas melodias que me fizeste escutar entre a uma e as três da manha, foi a minha perdição. Senti a nostalgia e a garra nos acordes da tua guitarra já tão experiente, de temas teus e de músicos inspiradores a esta tua paixão pessoal. A tua voz de timbre acanhado disse-me que te ouvisse tocar: a guitarra que é tua, e o piano que é meu. Umas falhas vieram á mistura, que nem tu sabendo tal, dão às músicas um ar tão... teu. Justificaste-te dizendo que tinhas as mãos geladas, o que me lambeu a memoria fazendo a sensação desse mesmo toque gelado no meu ombro na ultima vez que te vi ressentir-se na acção presente. Perguntei-te senão seriam saudades, ao que tu me respondes-te
"Tuas? sempre".

7 comentários:

U disse...

:| sem palavras, fantástico Mafalda! *

Margarida disse...

tão bonito, tão puro, tão qualquer coisa que nao sei explicar...

Anónimo disse...

"foi a minha perdição" , Que linda perdição Mafalda :D

David Pimenta disse...

são cada vez textos mais bonitos e mais puros Mafalda ;D
adorei.
Beijinho :*

U disse...

Não estava à espera que me dissesses isso! Vou abraçar o elogio com toda a força Mafalda! :D *

Unknown disse...

olá pincesaaaa!
tens um desafio lá no blog de mamãe :)


bejoca

maria miguel disse...

está tão bonito Mafalda.
cada texto é melhor do que o anterior. *