segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

hasta un día, mi amor.

Espremi uns três morangos para a caneca que já continha o chá preto. Estendi-me, ainda de camisa-da-noite, nos lençóis bagunçados da cama. A temperatura desta era idêntica a do meu chá: calorosa. Os tecidos dos lençóis e da roupa que me cobria o corpo seduziam-se iluminados pelos leves vagões de tons vindos da janela ligeiramente aberta. Afaguei a camisa xadrez vermelha ao meu lado, suporta carinhosamente o teu cheiro. O de homem misturado com os traços imperdiveis de menino. Aqueles que anseio ferozmente que o bebé que vem a caminho possua. Loiro como a mãe, olhos cinzentos como os do pai. Mas mais do que isso, eu somente espero, que ele jamais sinta a ausência da pessoa que ama, tal como eu sinto a tua. Desde aquele final de tarde á inesgotáveis meses, quando a guerra te levou de mim, e até agora, ainda não te trouxe de volta.

7 comentários:

David Pimenta disse...

Gostei imenso deste texto, Mafalda :)
beijinho*

Joana M. disse...

este está incrivelmente especial :)
adicionei-te no meu novo cantinho, Mafalda!

Marianinha disse...

gostei tanto Mafaldinha :)
está mesmo carinhoso.
um beijinho *

C disse...

adorei Mafalda ! : )
beijinhos*

U disse...

Está a fofura, quem sofre por amor, sofre constantemente.. é a luta da vida. :x *

Mara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mara disse...

Estive a ler o teu blog e adicionei-te.
Espero que não te importes.

P.S. Achei fantástico (tudo)
P.P.S.apaguei o comentario em cima(que era igual a este) porque não sabia se ias ler neste post por ser antigo.