sexta-feira, 20 de março de 2009

assunto(s).

O tema agora são as distancias. São os trilhos traçados ou por atravessar dos contos de fadas sem fadas. O motivo agora tem outras moralidades, éticas e ideais. O motivo agora é ausência, é a solidão que se tornou um pecado mortal. E se assim é, abram os portões empoeirados que já estou de chegada ao inferno. Já consigo sentir ao de longe os teus passos ágeis enquanto caminhas sobre os terrenos baldios, ou nas superfícies alcatroadas. São os passos em que raras foram as vezes, fizeram de companhia ideal aos meus passos traquinas e irreverentes. O titulo da historia tornou-se em saudade, reflectindo todas aquelas batalhas perdidas que o mundo sozinho e esquecido meteu ao lume e me entregou em mãos como uma missão. E foi a escrever o titulo que vi a lua chorar, vi que o mundo era gelo a meio da noite, que a neblina fazia furor ao aproximar dos cemitérios cheios... cheios do melhor e pior que já fez oxigénio no mundo. Daqui para a frente só pior, só mais gritos e solidão na circulação alcoólica dos abandonados e rejeitados. Senhores de leitos mal agasalhados de demonstrações de afecto singelas e sinceras, nascidos ao relento das manhãs de outono para inverno. Escrevi de mãos trémulas e dormentes o fim, e a trovoada soltou-se no céu límpido e pronto para finalmente dormir. Praguejou palavras amaldiçoadas à existência de sentimentos bons, dando-lhes resumos de valores reais e não fictícios como os sonhos que outrora faziam fechados estes meus olhos que agora têm medo de acreditar que amanha será um outro dia, um dia melhor.

1 comentário:

Marianinha disse...

(muito muito obrigada pelo prémio! :D)

Escrevi de mãos trémulas e dormentes o fim, e a trovoada soltou-se no céu límpido e pronto para finalmente dormir.
gostei muito desta frase, e apesar do sentimento triste do texto, está muito forte e muito bem escrito!

um beijinho *