Sou comida fácil. Sim, sou. Alimento plástico de acesso rápido. Talvez por isso estejas a enjoar, o menu é sempre o mesmo. Não há guerra, desafio, queres e tens. Não sou boa amante. Eu queria ser menos romântica e apaixonada. Talvez assim me escolhesses a mim definitivamente. E deixarias de parte essa busca diária de novo alimento, de novidade. Não sou suficientemente boa para ti. Eu sei, eu sei. Mas à uma parte de mim - do meu eu de sempre - que me diz que se te satisfaço por inteiro mandas a embalagem para o lixo. Outra vez. E desta vez, não a voltas a ir buscar. Então dou-te amostras, repetidas amostras, aquelas que começas a entender como o meu todo. Não quero avançar. Quero-te a ti primeiro, como minha propriedade fazendo parte do meu eu. Complico, e não devia. Porque assim vou-te perdendo, mas não quero chegar ao ponto total de uso. Estás a usar-me e eu a deixar, então compreende este meu limite, que é gostar de ti.
- mas tens medo que fuja?
- sim.
- não tenhas, eu não te deixo. mais motivos para medos teria eu
- porque?
- porque já te foste embora uma vez...
- desculpa.
7 comentários:
«Complico, e não devia. Porque assim vou-te perdendo, mas não quero chegar ao ponto total de uso. Estás a usar-me e eu a deixar, então compreende este meu limite, que é gostar de ti.»
devia ter-lhe dito exatamente isto. sem tirar nem pôr.
Que vai não vai nesses dois ;)
beijinho
eu diria que o problema é seres demasiado boa para ele, nunca insuficiente.
umbeijo.
Servir apenas para ser comida com data marcada sucks!
Andei nisso com um tipo de qem gostava (e ainda gosto) mas tive q o largar de vez! :X
Beijinho *
olha palavras que quase parecem minhas.
Impoe-te .
Tenho um desafio para ti no meu blog (:
Adorei.
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