segunda-feira, 25 de maio de 2009

dezassete dias.

Sou comida fácil. Sim, sou. Alimento plástico de acesso rápido. Talvez por isso estejas a enjoar, o menu é sempre o mesmo. Não há guerra, desafio, queres e tens. Não sou boa amante. Eu queria ser menos romântica e apaixonada. Talvez assim me escolhesses a mim definitivamente. E deixarias de parte essa busca diária de novo alimento, de novidade. Não sou suficientemente boa para ti. Eu sei, eu sei. Mas à uma parte de mim - do meu eu de sempre - que me diz que se te satisfaço por inteiro mandas a embalagem para o lixo. Outra vez. E desta vez, não a voltas a ir buscar. Então dou-te amostras, repetidas amostras, aquelas que começas a entender como o meu todo. Não quero avançar. Quero-te a ti primeiro, como minha propriedade fazendo parte do meu eu. Complico, e não devia. Porque assim vou-te perdendo, mas não quero chegar ao ponto total de uso. Estás a usar-me e eu a deixar, então compreende este meu limite, que é gostar de ti.

- mas tens medo que fuja?
- sim.
- não tenhas, eu não te deixo. mais motivos para medos teria eu
- porque?
- porque já te foste embora uma vez...
- desculpa.

7 comentários:

Mara disse...

«Complico, e não devia. Porque assim vou-te perdendo, mas não quero chegar ao ponto total de uso. Estás a usar-me e eu a deixar, então compreende este meu limite, que é gostar de ti.»


devia ter-lhe dito exatamente isto. sem tirar nem pôr.

Unknown disse...

Que vai não vai nesses dois ;)

beijinho

AF disse...

eu diria que o problema é seres demasiado boa para ele, nunca insuficiente.

umbeijo.

Ana" disse...

Servir apenas para ser comida com data marcada sucks!
Andei nisso com um tipo de qem gostava (e ainda gosto) mas tive q o largar de vez! :X

Beijinho *

Tani disse...

olha palavras que quase parecem minhas.

P' disse...

Impoe-te .

Tenho um desafio para ti no meu blog (:

Ponto disse...

Adorei.