sábado, 29 de agosto de 2009

detalhes da tua ausência. X

Que venha a mudança auto destrutiva, que venha alguém capaz de resgatar o meu e o teu coração num embarque veloz pelo Sado. Que o areal do tempo na ampulheta escorra velozmente e o contacto termine como terminou a vida de Camões, que o conto de um seja preenchido por um amargo sufoco do veneno do fel, e que a do outro alcance o auge da harmonia translúcida das iguarias mais doces. Que o ódio surja determinado e cruel e nos afaste, que se aproxime a angustiante doença, a duradoura tristeza, e pior, que a mártir queda chamada morte embata forte como as sinfonias de Beethoven. Oh tanto faz. Jamais um simples abraço me saberá melhor que o nosso. Nunca, afirmo eu de cabeça levantada, um aconchego sincero que não o teu, me dará a exacta vontade de lacrimejar de felicidade e me fará sentir de novo tão menina.

7 comentários:

Tani disse...

Mafaldinha, o teu blog esta cada vez melhor. Mesmo :)

Tani disse...

e adorei o teu auto-retrato 2 ;) (ando a pensar muito ultimamente que tudo que as pessoas dizem de negativo tem como unico objectivo, faze-las sentir-se bem consigo mesmas...Maneira feia de o fazer.)

t disse...

lindo (:

N R disse...

Tens de continuar a acreditar. Não tens outra opção que não seja acreditar até voltares a sentir algo parecido.

Quanto à foto, fico contente por poder ajudar, sempre me pareceu um comentário válido. :)
Mas a verdade é que a foto me pareceu pouco natural, não sei explicar. Agora esta sim, está incrível, era capaz de fazer um texto com ela. Basta olhar uma vez e percebe-se logo algo de diferente, principalmente vindo do sorriso dela.

"Às tuas clientes?" Fazes alguma coisa relacionada com moda ou fotografia?

N R disse...

Wow! Isso é fantástico para ti, tens a oportunidade de fazer uma coisa que gostas mesmo. Isso nem se chama trabalhar, é como se andasses a fazer batota. Que sorte a tua.
(Na tua próxima sessão, tem atenção aos olhares "Forçados". :D)

pequena amadora ^^ disse...

ta lindo amor =')

Mara disse...

«Jamais um simples abraço me saberá melhor que o nosso. Nunca, afirmo eu de cabeça levantada, um aconchego sincero que não o teu, me dará a exacta vontade de lacrimejar de felicidade e me fará sentir de novo tão menina»

Abismas-me com estas coisas, com essa escrita tão adulta e sentida, com tanto sentimento que eu trago comigo.
Já o disse e volto a dizer: estamos no mesmo barco.