quarta-feira, 23 de setembro de 2009
desvaneios.
Nunca antes aquelas unhas rosnaram na parede com tanto fugor, quanto mais tal olhar ter sido tão idêntico a um estalactite gélida. Era revolta, oh sim, tenebroso ódio a bolsar o seu vomito venenoso nas veias. Era ânsia de errar só para magoar. Vira sangue na alcatifa, forrara-a alias. Como se vermelho de cheiro a podre tivesse sido sempre a sua cor. Havia um rasto no chão, lama, suor, saliva, esperma, bolor. Gemeu, grunhiu até a garganta ser lixa e ficar afónica. Via vultos no tecto, cores, muitas cores a espetarem-lhe lanças no corpo rude. Feria. Regava-lhe o pouco medo. Tornando-o nulo, tornando-a louca.
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5 comentários:
Estás mesmo a precisar duma mão, dum abraço.
Nunca tiveste melhor foto no teu blog. :)
Eu nao concordo com o Nuno. A parte vermelha da foto dá medo! Mas o texto está muito bonito!
beijinhos
O texto está forte. E a foto só realça isso. E tudo isto é a tua força e raiva e tudo mais.
Intenso...
Brilhante...
Um rasgo na monotonia do mais um dia de aulas...
Um beijO*
E nunca me canso de te ler...
como eu gosto do teu blog...
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