terça-feira, 6 de outubro de 2009

00:50

Relógio, tempo partido. Parado, rasgado. Porque é ao que me sabes. Nesta introdução metafórica da historia - a tempo parado. A tempo que se calou sem dar por tal, para meu beneficio, para nosso requintado prazer. São os teus dedos entrelaçados nos meus que lançam o relógio contra a parede e tudo (nos) sabe à ausência do amanha. Porque não há tempo que me tire este gosto por ti. Este irredutível amor pela tua imagem e recheio da pele. É um traço que traço em câmara lenta, com cheiro a vento e a cor é a do teu cabelo. São momentos em horas melódicas que para mim são segundos. Minutos. Minutos de um relógio quebrado por ti. Quanto tiras-te a corda ao meu relógio decrescente, quando o teu lábio preso nos meus dentes me jurou firme um amo-te.

4 comentários:

Mara disse...

«Porque não há tempo que me tire este gosto por ti.»

É isso que nos faz sentir incapazes, porque nada parece levar aquilo que sentimos. E devia haver alguma coisa rápida e indolor.

Joana M. disse...

Disse que te amava e desmaiou todos os ponteiros. Deu-te todo o tempo do mundo.

Anónimo disse...

uauu , este esta' muito bom :)

Tens mais do que o Dom, isto esta'-te no sangue!


(Tua Carina)

N R disse...

A M. disse tudo. (essa visão feminina, que depois parece tão simples, escapa-me quase por completo, e isso enerva-me :P)