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Ela já não tem o teu cheiro, está manchada da maquilhagem que borra quando me agarro a ela e choro. É um abraço ao vazio, à saudade que tenho do que em tempos a preencheu. É o que mais falta faz, o cheiro que ela tinha quando ma deste e o corpo lá dentro. Mas percebo a fuga, há sentimentos que não duram para sempre como em tempos disseste. O teu não durou. E por isso montaste-te a cavalo e galopas-te fora do meu fairy tale. O meu ficou, e ficará, sempre, a espera do teu regresso e dos sentimentos que me iludiste um dia existirem.
4 comentários:
Afinal o passado ainda aí está.
Sim, percebo-te. Essa chave é tão complicada de encontrar que quase por mero acaso se encontra. È como se fosse uma pequena semente, embora necessitada duma base suficientemente grande para conseguir crescer a partir daí.
Mas também, às vezes, parece-me que nem quero usar arames que dariam para arrombar a porta, ainda que por momentos, como se preferisse ficar no corredor à espera que alguém chegue ao mesmo tempo dum outro corredor para abrirmos uma porta de duas chaves.
Acho que quando tratares definitavemente, refiro-me às feridas que ficaram em céu aberto, serás capaz de olhar mais para o dia de amanhã de maneira diferente. Sei que é difícil, mas também me parece a única maneira.
Sentimos tão igual...
E eu queria tanto que não houvesse ninguém a sentir dores destas como eu.
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