segunda-feira, 9 de novembro de 2009

pontas soltas.

Circulo triangular, que paira em esfera pontiaguda. Nua. Crua. Sua. Sangra malícias de trocados esquecidos em bolsos. Sujos. Escuros. Fundos. Rebolando em erva azul, sob o céu laranja de um mundo que cedo acaba. Só. Com pó. Igual a gruta dentro de caverna, espinhos caem das paredes. Picam. Furam. Magoam. Quebra-cabeças, puzzle a quem faltam peças. Sem solução. Enigma impossível. A matemática aqui não ajuda. Nem fogo posto em olhos encravados na madeira, nem cérebro que lateja graúdo, como cereal no lume. Algo foi perdido. Mudado. Magoado. Derrotado. Sem volta, promete-se ao vento. Aperta. Mata. Perfura. O peito que se viu nu. Trapos largados em chão, junto a latas sem rotulo. Também esquecidas, também amassadas. Perdoar. Perdoaria-se tudo. Mas não há regresso no cardápio. Lições aprendidas. Não das escolares, das vividas. Da lata sem conteúdo. Trapos sem peito.

4 comentários:

N R disse...

...

:(

Geraldo Brito (Dado) disse...

Legal seu blog, o post, a foto...

Margarida disse...

tá forte.

João disse...

As tuas palavras são os disparos do revólver que é essa mente criativa Mafalda, és a corrente do rio que atravessa a cidade, jorras Beleza nas palavras que usas e na expressão com que escreves. És um quadro de Magritte. *