segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

detalhes da tua ausência. XIII

«não escrevo para me lamentar nem para que me venhas buscar outra vez. não sei, é mais como um último desabafo... disseste que te pisei muito, que te mal tratei, que te magoei (compreendo isso tudo). o facto de teres sido a única faz de ti perfeita, diferente - ainda faz - quem é imperfeito aqui sou eu. as pessoas conseguem sê-lo para quem lhes é importante, tu foste. quero que vivas com isso. de que mesmo que eu morra, tu conseguiste fazer-me feliz. algo que nunca ninguém conseguiu. agradeço-te mesmo por isso. não digo que a culpa não é tua do estado em que estou, custa-me dizê-lo, mas és. se eu estou a morrer é porque ainda precisava de ti ao meu lado, da forma que te tinha. se não o consegui aceitar foi porque não era a altura certa de o fazer. mas não me arrependo de nada, de te ter amado e de ter sido teu namorado e teu amigo. não foste uma desilusão, apenas foste como todas as pessoas e não conseguiste ajudar-me nesta situação. mesmo que eu te tenha conseguido tirar desse pesadelo em que vivias... não foste capaz de fazer o mesmo. mas não é culpa tua, ninguém consegue. também sou muito especial. faço coisas que ninguém faz. amar-te é bom, ainda o é. mas tal como amamos as pessoas mais importantes também sofremos mais com elas. foste aquilo de mais valioso que eu tive, e és a minha queda. não te sintas mal por isso, alias, foi por isso que escrevi isto: para que saibas que se eu morrer, não morrerei com pena de mim. apenas vou morrer com pena de não te poder ver crescer. é só isso que te quero dizer. desculpa por tudo o que te fiz passar, desculpa por não ser forte e por não ter sido a pessoa que querias que fosse... não deixes que o que eu fiz por ti ir em vão, sê feliz. eu já o fui e sei que é o melhor que alguém pode ter. e não te dês ao trabalho de pôr em causa se ainda te amo ou não, enquanto me mantiver afastado, sabes bem que sim.» Dez/08

7 comentários:

N R disse...

Nota-se que é mesmo bom rapaz. Tem umas coisas e ali, mas próprio de quem tocou o céu e depois viu-se sem para-quedas. Continua a aparar-lhe a queda, há-de voltar a levantar-se. :)

N R disse...

Ai é? Então diga-me lá minha menina, o que é que mudaria. Iria parecer como aqueles esqueletos malucos que ganham vida depois de trocaram os ossos todos? :D

Gostei da nova foto. :)

Anónimo disse...

Estou sem palavras.

Diana

MafaldaMacedo disse...

Diana, porque não me respondes ao mail? Já to enviei a algum tempo :s

Afonso Arribança disse...

Subscrevo: Estou sem palavras :/
beijinho*

Margarida disse...

que inveja.

Mara disse...

Quem me dera poder receber algo escrito como tu recebeste, algo sentido, algo...
Lindo*
E uma acção ainda mais bonita