terça-feira, 29 de junho de 2010

claustrofobia.

Sinto-me fechada, como se as paredes deslizassem e me apertassem cada vez mais. Há um véu de frustração e leve tristeza a revestir-me o corpo. Parece que me colocaram uma ampulheta de areia e não tenho forma de lhe fazer uma pausa. O tempo passa rápido demais e isso asfixia-me o coração impedindo-lhe o ritmo normal. Está cada vez mais lento, mais desgostoso, mais pálido. Não me quero sentir constantemente assim. Eu já me tinha habituado a ausência de lágrimas a cada noite, e agora parece que voltaram em força. Lágrimas guerreiras que me espicaçam os olhos com suas espadas, que não me deixam em paz sempre a empurrarem-me a sanidade com os seus escudos transparentes. Até que ponto somos nós mais fortes que aquilo que nos atormenta? Há um castelo e uma fortaleza a desmoronar furtivamente a cada minuto, e ninguém sabe o quanto lamento que as tuas mãos mais as minhas não sejam capazes de o impedir. Um império não cai se estiver sempre unido. Ele apenas quebra quando laços são distanciados.

4 comentários:

Mariana disse...

Gostei muito*.* Obrigada :)

nikki disse...

está simplesmente adorável, minha querida !

diana alba disse...

Nós tentamos ser fortes, tentamos aguentar. Mas nem se fôssemos de ferro, iria durar para sempre. Há aquele ponto mais fraco e a dada altura vamo-nos abaixo. Força, querida!

Matilde Cê disse...

sentes-te fechada em que divisão da casa? na tua ou numa qualquer?