quarta-feira, 14 de julho de 2010

22:48

O tempo tanto vai como vem. É como as ondas do vasto mar que já nos uniu. É como a verdade e a autenticidade que embala esta relação. «O mundo dá aquilo que o mundo tem» e sendo tu o meu mundo, dar-te-ei sempre tudo, o máximo que este pequeno coração conseguir. E mesmo quando não conseguir mais, que morra a tentar. É um amor profundo o que me rasga a pele: ainda há borboletas no estômago, aquele formigueiro nas pernas, o nervosismo nas mãos, a vergonha no rosto... Sabes aquele minucioso barulhinho quando já é noite pegada, em que parece que nada se houve, mas no fundo estamos a receber milhares de micro estímulos ao mesmo tempo? O quanto é reconfortante esse silêncio cuidadosamente embalado pelo barulho da brisa, de passos lá ao fundo, da roupa a bater nas cordas dos estendais... É assim que a minha mente está quando te abraço, quando os nossos corpos formam um só. Em paz. Num sossego harmonioso e do mais confortavel.
Mas depois há aqueles momentos em que não estás, e é o caos, um autêntico tsunami de emoções ás reviravoltas. São berros a suplicarem a tua presença - que me junte a ti até o amanhecer. E que mesmo quando essa altura chegar, em que o sol surge alto no céu e soa o gongo de partida, que tu mesmo assim não nos deixes nunca, nunca mais. (...)

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