segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

lullaby.

Ás vezes tenho medo de te encontrar na rua. De ter que te falar e não saber o que dizer. Nem que cara fazer, onde meter as mãos, se te digo apenas algo ocasional ou te abrace com toda a força do mundo, como me apetece tantas vezes fazer. Chorar no teu ombro e rezar para que tudo fique bem de uma vez por todas. Hoje vi um filme daqueles um pouco antigos. Um casal ia divorciar-se, e foi preciso ela recuar vinte anos da sua vida, para se apaixonar por ele outra vez e perceber que não o poderia perder. Será assim connosco? Estaremos os dois, daqui a vinte anos a enlouquecer por não termos continuado juntos? O amor é um autêntico buraco sem fundo, ou te manténs à beira e vais espreitando lá para dentro ou cais e nunca mais sentes o chão debaixo dos pés. Será que caímos nesse buraco negro? E o chão, quando é que chega...?

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