terça-feira, 12 de abril de 2011

a ventania.

Fugiste num cavalo-de-pau, vestida de princesa falsa, querendo mudar a tua vida. Abandonaste o mundo que até outrora era tudo aquilo que conhecias, que amavas, que admiravas e respiravas de um momento para o outro. Deixaste uma rua, um bairro, uma cidade, um país que apenas te queria bem para te salvaguardares nos braços inseguros do desconhecido em que o numero dois não existe. E eu apenas posso lamentar essas tuas escolhas que me abateram o peito, que me fizeram verter lágrimas, que me fizeram principalmente aprender que as pessoas são como o vento, nunca estão paradas num lugar e de um momento para o outro, sem nada o prever, voam para longe e nunca mais lhes conseguimos alcançar a mão para a agarrar com força. Como disse a Margarida no seu último livro «O mundo pode ser um lugar difícil, mas, se formos bons, a vida traz-nos as pessoas certas que nos podem proteger e cuidar de nós». E tu não cuidaste de nós como deverias, como nós precisávamos, como só tu sabias fazer...