Um dia compreenderei essa magoa que te persegue. Um dia morrerei sem ti e nesse dia estarei mais vazia, mais sonolenta, mais apática e mais dorida do que alguma vez estive. Sentirei o arrependimento e a angustia de cada dia da tua vida que sofreste por mim, mas ouvirei lá no fundo o som da tua gargalhada tímida e do teu abraço quente. Cair-me-ão as mesmas lágrimas que caíram quando te perdi, quanto te deixei neste mundo sozinho. Quando fui cruel a ponto de te tirar o sentimento mais doce e profundo que alguma vez tiveste e transformá-lo em nada... Nunca me esquecerei das palavras que me disseste, nem uma, nem o conforto que elas me traziam ao coração, ou as agulhas que elas também me espetaram nos pulsos. As más e as boas, todas elas no baú do meu alçapão. Quentes. Fortes como tu e confusas como eu.
Eu escreverei sobre ti para sempre. E obrigada por isso. Obrigada do fundo do meu coração, por todos estes anos seres a maior inspiração da minha vida. Tu ensinaste-me o mundo, e eu ensino uma coisa ao mundo: o tempo não cura nada, absolutamente nada.