sábado, 7 de dezembro de 2013

chão armadilhado.

E se o nosso amor não for o suficiente para mudar hábitos do nosso parceiro? E se nós, apenas em certas situações, mas bastante especificas e importantes, não formos suficientemente importantes para essa pessoa?
Porque é que todo este amor abundante que carrego no peito não chega? Porque é que quando amamos tudo se transforma em medo?

Eu sempre tive o coração cheio. Sempre gostei com muita facilidade, e quando amei, das poucas vezes, foi tão forte que havia momentos que até respirar doía. Quando amamos vem o medo da solidão, da perda, da efemeridade, das diferenças... Mas vem também a ansiedade da presença, do amor, da entrega, da descoberta dum mundo paralelo que os amantes esconderam a sete chaves dos comuns mortais. Adão e Eva amaram-se mesmo sendo a única opção um do outro: mesmo que Eva fosse vegetariana e Adão toureiro, mesmo que Eva fosse fumadora e Adão tivesse cancro nos pulmões.

Talvez tu, que não costumas ser o meu tu, mas talvez não percebas que se te perco quem fica sozinha sou EU. Não és tu que vais ficar sozinho neste mundo-cão, não és tu que te vais perder a ti próprio. Ou se perderes, não te doará um décimo do que me dói a mim. Chama-me negativa e invejosa, não me importo, porque tenho o coração cheio, e quer queiras quer não, isto é uma responsabilidade tua.

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