segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

old.

Ele já mal vê. Pouco sente, grita e chora. Leve corpo que aguarda ansioso tornar-se imune as sensações da vida. Como um fogo-de-artificio espiritual e interior. No fundo, uma recompensa após a negação constante por parte das boas emoções á possível vinda futura de o mais breve sorriso. Aquele que por mais disfarçado, seria o 1º que daria ...

Ele, é quem nunca sorrio. E não é criança, jovem ou sequer adulto. Já se tornou velho {por dentro, e por fora}. As rugas da velhice já se misturaram com as que foram ganhas pela experiência. Homem tão velho e cansado, a quem não foi entregue o "Final da vida" mais cedo, como sempre desejou.

Em jovem teria dado a sua vida por qualquer um. Até pelo cão que perigosamente atravessa a estrada. Não por bondade, mas por um certo desespero. De tudo acabar, «finalmente». Uma vida desperdiçada, poderá assim dizer-se. Que nem foi aproveitada. Chamemos-lhe assim: o homem que viveu sem viver a vida.

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