quinta-feira, 5 de março de 2009

M de morte.

enterrem-me viva, no mais apertado caixão que existir. para assim sufocar rápido e friamente, sem haver sequer tempo para arrependimentos ou o sentimento de pena de mim própria surgir no coração que embalado morre. talvez só assim conseguirei adormecer pesadamente, como o meu corpo solitário necessita. dormir e sonhar que nunca mais volta a acordar, e na sequência desse sonho rosto algum próximo surja para não assustar. quero sentir os músculos latejarem de rendimento e exaustão mórbida, quero ouvir lá no fundo a mais triste melodia que o anoitecer gelado e calculista tem para me surpreender. quero corvos selvagens a espezinharem a terra por cima de mim, que faz peso e a madeira barata do caixão estalar. como se fosse desmoronar, e o meu interior fosse somente composto por terra e todos os bichos asquerosos habitados no solo seco. somente exijo rapidez e eficácia quando chegar ao momento da "transição" das leis da física, pois a dor conheci eu toda a minha vida.

3 comentários:

Margarida disse...

apesar de ser triste, dá arrepios de tão boa escrita, pura e directa.

U disse...

É só uma fase má Mafalda. Não queiras acabar mal e deixar os outros a terem uma vida feliz pela frente. *

Anónimo disse...

oh ta lindo amrzinhu *_______*
i e uma perfeita realidd...
ja pa ja ond anda u textinhu qe dissest qe me ias escrever nu dia dus meus anus? ahn??

bjao
txi venero @