dá-me forças para esquecer. Mergulha em mim, no meu coração enfeitiçado e apaga-lhe o recheio. Já não me importa as consequências. Não me importa que desaprenda o que aprendi. Só quero partir de um zero. Mata-me, e faz-me nascer de tuas gotas que salpicam ferozmente ao embater nos rochedos. Dá-me existência selvagem, fria e sem consciência. Tira-me o que tenho a mais. Por favor, suplico-te. Tens tanto poder, tanta imensidão... seca-me para sempre as dores e os amores. Mete a minha pele da temperatura que tens lá bem no teu fundo. Eu não quero mais nada.
E que me afunde em ti, se voltar a colocar os pés pelas mãos.
ainda tua,
Mafalda
4 comentários:
Magnifico, e bastante emocionante, penso que retrataste um sentimento quase na perfeição,
parabens pela escrita! Optimo!
Como tu dizes, acho que precisas de mergulhar de cabeça. Mas ao partir outra vez do zero, podes acabar no mesmo ponto. O passado pode doer, mas aprende-se com ele.
Este texto está muito bem escrito, parabéns.
bela construção.
que o mar te ajude.
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